O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, está “pronto” para enviar tropas britânicas para a Ucrânia, como parte de uma eventual força de manutenção de paz no pós-guerra, segundo escreveu num artigo de opinião publicado este domingo no jornal Daily Telegraph.

Horas antes da reunião informal que vai juntar líderes europeus em Paris, esta segunda-feira, Starmer assegura que o Reino Unido está preparado para contribuir para a segurança da Ucrânia “com tropas no terreno se for necessário”, depois de Washington ter questionado os aliados europeus sobre como poderiam contribuir com garantias para a segurança de Kiev, no âmbito das conversações destinadas a pôr termo à guerra.

O primeiro-ministro britânico realça que esta é uma decisão que não é tomada de forma leviana, a de colocar soldados britânicos numa situação potencialmente perigosa, mas considera que garantir uma paz duradoura na Ucrânia é essencial para dissuadir o Presidente russo, Vladimir Putin, e garantir a segurança do continente europeu.

O fim da guerra da Rússia com a Ucrânia “quando chegar, não pode ser apenas uma pausa temporária antes de Putin voltar a atacar”, escreve Starmer.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou no domingo que a Ucrânia e a Europa farão parte de quaisquer “verdadeiras negociações” para acabar com a guerra na Ucrânia, indicando que as conversações dos EUA com a Rússia que terão lugar esta semana serão uma oportunidade para avaliar as posições de Putin.

Starmer vai juntar-se esta segunda-feira ao chanceler alemão Olaf Scholz, ao primeiro-ministro polaco Donald Tusk, ao secretário-geral da NATO Mark Rutte, à primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e a outros líderes europeus em Paris, depois de o Presidente francês Emmanuel Macron ter convocado conversações sobre a Ucrânia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu os aliados europeus da NATO e a Ucrânia na semana passada, quando anunciou que tinha falado ao telefone com Putin, sem os consultar, e que iria dar início a um processo de paz. O enviado de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, afirmou mesmo que a Ucrânia e outros líderes europeus não iriam participar nas negociações de paz.