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Jovens portugueses são dos que mais votam e vêem notícias na TV (uma surpresa) | Eurobarómetro

Os jovens portugueses estão preocupados ligeiramente mais com o custo de vida do que com o ambiente e as alterações climáticas e ainda é pela televisão que recebem a maior parte da informação que os ajuda a perceber o mundo — uma surpresa, quando a maioria dos jovens europeus já utiliza as redes sociais não só para entretenimento mas também para verem notícias políticas.

Quase metade dos portugueses entre os 16 e os 30 anos são a favor da União Europeia (UE) tal qual funciona agora e apenas 4% diz opor-se “à ideia da UE no geral”, uma opinião uns pontos mais positiva do que a média europeia.

Estas são algumas das conclusões do Eurobarómetro de 2024, um inquérito aos jovens transnacional que sonda a opinião pública sobre diversos temas nos 27 Estados-membros. Publicado pela Comissão Europeia esta segunda-feira, 17 de Fevereiro, ajuda a situar comportamentos relacionados com consumo de informação e eleições, mas também a guiar prioridades políticas na União Europeia para os próximos cinco anos. Responderam 25.863 jovens, 1003 em Portugal.

O aumento dos preços é uma preocupação para 40% dos europeus entre os 16 e os 30 anos (percentagem que desce ligeiramente para 37% entre os inquiridos portugueses). Em Portugal, o acesso à saúde é um motivo de menor ansiedade quando comparado com a média europeia (23% e 29%, respectivamente).

Para os jovens, outra prioridade para os governos europeus, depois do custo de vida e das alterações climáticas, deveria ser a criação de empregos (31%), especialmente para o executivo português (35%). Isto é fácil de perceber: a taxa de desemprego jovem em Portugal é mais alta do que a média da União Europeia.

Em 2024, quando o inquérito foi realizado, o desemprego entre a população até aos 24 anos tinha-se agravado (subiu de 20,5% em 2023 para 21,6%).

Sem surpresas, a defesa e a segurança do país provocam uma maior inquietação a quem vive na Europa do Leste, próximo da guerra na Ucrânia e da Rússia.

Outra ameaça pública, a desinformação, parece não os assustar: 70% estão confiantes que saberiam identificar informação falsa, especialmente os malteses e croatas.

Enquanto na média europeia as redes sociais destronaram a televisão como principal fonte de informação, esta “viragem” ainda não chegou ao consumo de informação dos jovens portugueses.

A preferência pela televisão (39%) denota-se nos inquiridos mais velhos (25-30), os mesmos que também dizem ouvir notícias na rádio (19%) e sites de notícias (30%).

Apenas 21% dos inquiridos entre os 16 e os 18 anos dizem ler notícias online. Para os mais jovens, as redes sociais (45%) e os familiares e amigos (29%) continuam a ser as fontes de informação mais prevalentes.

Nas redes sociais, o Instagram é a principal plataforma para verem notícias, mas é também a mais abrangente entre as idades sondadas. O TikTok é usado por 39% dos jovens europeus para consumo de notícias políticas enquanto apenas 21% usam o X.

Votar? Tinham “outros compromissos”

Segundo as respostas ao inquérito, os jovens portugueses estão acima da média europeia na participação política formal e informal: 46% já votaram, um terço já criou ou assinou uma petição e 24% já foi voluntário numa organização.

Num Eurobarómetro de 2021, 63% dos jovens portugueses tinha afirmado já ter votado (a média europeia ficou-se pelos 46%). Já num outro inquérito divulgado antes das últimas eleições europeias, em 2024, os jovens portugueses eram os segundos da UE que mais queriam votar: 77% dos que tinham até 30 anos tencionavam ir votar.

Quando votam, pensam primeiro se as ideias dos partidos se alinham com as deles, e só depois se estes são capazes de mudar alguma coisa. O chamado “voto útil”, para evitar o sucesso eleitoral de outro partido ou facção, só faz sentido para 13% deles.

Parece uma desculpa, mas 22% dos jovens portugueses disseram que não votaram nas eleições europeias de Junho de 2024 porque tinham “outros compromissos”. Nestas eleições foi possível votar fora do local de recenseamento, sem inscrição prévia, em qualquer mesa de voto no território nacional ou no estrangeiro.

Outras razões para não ir votar são mais consequentes: 13% dos portugueses disseram não “ter informações suficientes para fazer uma escolha” e 14% disseram não ter encontrado qualquer candidato que os representasse. A última surpresa: se 15% dos jovens europeus diz não confiar nos políticos ou sentir-se insatisfeito com a política, apenas 7% dos portugueses partilha esta opinião.

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