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Na quinta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, atacou a agência de notícias com veemência, qualificando-a como “organização da esquerda radical”.
Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América durante uma entrevista na Sala Oval da Casa Branca.
Carlos Barria // REUTERS
Em pano de fundo deste conflito está a recusa da agência noticiosa designar o Golfo do México como ‘Golfo da América’.
Pilar do jornalismo nos Estados Unidos, a AP afirmou na sua queixa que a sua privação de acesso àqueles acontecimentos desde há 10 dias é uma violação da Primeira Emenda da Constituição, que consagra a liberdade de imprensa e expressão.
Os citados são Susie Wiles, chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, o seu adjunto, e Karoline Leavitt, porta-voz de Trump.
‘Sanções’ por não renomear Golfo da América
“A comunicação social e todos os cidadãos dos Estados Unidos têm o direito de escolher as suas próprias palavras e de noção sofrerem represálias do governo”, escreveu-se na queixa.
“A Constituição não autoriza o governo a controlar o discurso”, prosseguiu a AP, que alertou para “uma ameaça para a liberdade de cada um”.
Em reação, Leavitt disse: “Ver-nos-emos em tribunal”, ao discursar durante um evento político republicano.
Na quinta-feira, Donald Trump atacou a agência com veemência, qualificando-a como “organização da esquerda radical”.
Em nota editorial, a AP explicou que a ordem executiva de Trump que muda o nome do Golfo do México não tem qualquer autoridade nos Estados Unidos, nem o México, tal como os outros países e as organizações internacionais não são obrigados a reconhecer a mudança pretendida.
Os “inimigos do povo”, segundo Trump
Donald Trump mantém uma relação tensa com os meios de comunicação social tradicionais, que qualificou como “inimigos do povo” no seu primeiro mandato.
A AP, fundada em 1846 por jornais nova-iorquinos, que emprega mais de três mil pessoas no mundo, publicou mais de 375 mol artigos, 1,24 milhões de fotos e 80 mil vídeos, seguindo os seus números relativos a 2023.
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