O discurso é agora mais recuado com a presidente do Banco Central Europeu (BCE) a colocar prudência nas palavras. Christine Lagarde falou das tarifas, do megapacote de investimento previsto para a defesa, e da “grande incerteza”, ou “fenomenal [incerteza]”.

O BCE cortou as taxas de juro pela sexta vez em nove meses, mantendo o seu plano de flexibilização face às perturbações económicas provocadas pela guerra comercial em curso e por novos planos para aumentar as despesas militares da Europa.

“A desinflação está no bom caminho”, afirmou na conferência de imprensa que se seguiu à reunião da autoridade monetária. “A política monetária está a tornar-se menos restritiva e temos uma enorme incerteza. Há riscos e incertezas em todo o lado”, sintetizou Lagarde. É o elevado nível de incerteza – tanto relacionada com a escalada da guerra comercial, mas também face aos recentes anúncios sobre mega investimentos na defesa (a nível da União Europeia) e também infraestruturas (na Alemanha) – que justifica a revisão das projeções macroeconómicas do “staff” do BCE.

Uma análise ao discurso da presidente do BCE mostra as preocupações de Christine Lagarde.