O andebol está em maré alta. Depois de Portugal ficar entre as quatro melhores seleções no Mundial, o Sporting está entre as oito melhores equipas da Europa, tendo o grupo chegado esta noite, em festa, ao Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), após qualificar-se em Plock (Polónia), para uns inéditos quartos de final da Champions, segundo os novos moldes da competição.
Miguel Afonso, vogal do Conselho Direto do Sporting, assim como algumas dezenas de adeptos, entre os quais elementos da claque Diretivo XXI, receberem em euforia a equipa leonina. Quem também não faltou foi Kiko Costa. Apesar de lesionado e de não ter ido à Polónia, foi mesmo o primeiro a subir a rampa de acesso à porta de desembarque e abraçar os companheiros, entre eles o irmão Martim Costa.

“Foi extraordinário, foi incrível. Tivemos um espírito de sacrifico enorme, soubemos sofrer, mas nada está ganho”, disse o lateral, admitindo ter ficado chateado quando cometeu a falta atacante, antes de jogada final que deu o golo do empate.

O capitão Salvador Salvador destacou a união do grupo, bem como a ligação com os adeptos, para depois confessar que o apuramento “foi muito sofrível” e que a equipa “sonha” com a final four.

Já o treinador, Ricardo Costa traçou os objetivos para o que resta da temporada. “Queremos ser campeões nacionais. Na Liga dos Campeões só nos resta um caminho: ganhar os dois jogos e estar em Colónia a disputar a final four.”

Ao nosso jornal, Orri Thorkelsson, o autor do golo que selou o empate e o consequente apuramento a cinco segundos do fim, disse ter vivido “um misto de muitas emoções”. O islandês vai agora jogar pela sua seleção nos jogos de qualificação para o Europeu.

Mas Mohamed Aly também foi herói, ao defender um livre de 7 metros antes da jogada final. “Estava a ser um jogo difícil para nós, com muita pressão”, disse-nos o guarda-redes egípcio, referindo estar a gostar do nosso país, onde joga “no melhor clube de Portugal”.