Pouco mais de um dia após a descolagem, uma cápsula da SpaceX chegou este domingo, 16 de Março, à Estação Espacial Internacional, entregando os substitutos dos dois astronautas da NASA que estão retidos no espaço há nove meses. Os quatro recém-chegados representam os EUA, o Japão e a Rússia; e passarão os próximos dias a aprender os meandros da estação com Butch Wilmore e Suni Williams.

No final desta semana, os dois irão embarcar na cápsula SpaceX para encerrar uma inesperada missão alargada que começou em Junho passado. Wilmore e Williams contavam estar ausentes apenas uma semana quando foram lançados no primeiro voo de astronautas da Boeing. No início deste mês, completaram nove meses na Estação Espacial Internacional.

Nessa data, em Junho, a cápsula do Boeing Starliner deparou-se com tantos problemas que a NASA insistiu para que regressasse vazia, deixando os seus pilotos de teste para trás à espera de um voo da SpaceX.

À chegada da nova missão este domingo, Wilmore abriu a escotilha da estação espacial e depois tocou o sino da nave enquanto os recém-chegados flutuavam um a um e eram recebidos com abraços e apertos de mão. “Foi um dia maravilhoso. Foi óptimo ver os nossos amigos chegar”, disse Williams ao Controlo da Missão.

A nave em que Wilmore e Williams vão voltar para a Terra chegou à Estação Espacial em finais de Setembro. A bordo vinha uma tripulação reduzida, de dois elementos, porque os outros dois lugares ficaram vazios para garantir espaço para os dois astronautas retidos regressarem à Terra. Mas houve novos atrasos porque essa cápsula necessitou de amplas reparações na bateria. Uma outra cápsula acabou por ser destacada para a viagem de regresso, que precisou de ser adiada novamente em algumas semanas.

A viagem acabou por ser marcada para meados de Março. Se as condições climatéricas o permitirem, a cápsula da SpaceX que transporta Wilmore, Williams e dois outros astronautas será desacoplada da estação espacial não antes de quarta-feira, 19 de Março, e mergulhará ao largo da costa da Florida. Até lá, estarão 11 elementos a bordo do laboratório em órbita, representando os EUA, a Rússia e o Japão.