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Universidade de Harvard alarga propinas gratuitas a mais estudantes | EUA

A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, anunciou esta segunda-feira que as propinas que cobra vão passar a ser gratuitas para estudantes de famílias com rendimentos anuais inferiores a 200.000 dólares. No caso dos alunos cujas famílias auferem rendimentos anuais menores que 100.000 dólares, a gratuitidade inclui ainda a alimentação, alojamento, seguro de saúde e custos de deslocação.

Estas alterações foram anunciadas numa altura em que a Administração Trump tem dirigido ataques ao ensino superior e decretado cortes ao seu financiamento, pese embora Harvard não ter feito referência à situação política e orçamental ao anunciar a medida.

Na semana passada, a Administração Trump anunciou a retirada de 400 milhões de dólares em verbas federais à Universidade de Colúmbia, sob o argumento de que a instituição não teria feito o suficiente para proteger os seus estudantes judeus dos protestos pró-palestinianos ocorridos em 2024.

Universidades como Harvard, Berkeley, Yale, Princeton ou Stanford poderão também perder o seu financiamento federal e estão numa lista de instituições sob vigilância do Departamento de Educação (que por sua vez está em vias de ser encerrado) por suspeitas de alegado anti-semitismo.

A Universidade do Maine também viu parte do seu financiamento federal ser suspenso, após críticas do Presidente norte-americano, Donald Trump, à recusa do estabelecimento do ensino superior em cumprir um decreto que prevê a expulsão das pessoas transgénero das equipas femininas de desporto escolar e universitário. Já a Universidade Johns Hopkins, no estado do Maryland, sofreu o maior corte até ao momento: foram suspensas verbas de 800 milhões de dólares relacionadas com actividades desenvolvidas entre a instituição e a USAID, agência governamental de ajuda externa que se encontra em processo de desmantelamento.

Apesar deste contexto adverso, Harvard junta-se assim a outros estabelecimentos de ensino superior nos EUA que têm vindo a alargar os seus pacotes de apoio financeiro e a reduzir ou eliminar propinas, como a Universidade da Pensilvânia, o Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) ou a Universidade do Texas.

A medida agora anunciada por Harvard irá entrar em vigor a partir do ano lectivo de 2025-26 e vai permitir que estudantes de 86% das famílias norte-americanas possam vir a beneficiar deste apoio financeiro (em caso de candidatura aceite a um curso). Segundo o jornal Newsportu, o anterior sistema de ajuda financeira daquela universidade abrangia apenas estudantes de famílias com rendimentos anuais abaixo de 85.000 dólares.

Segundo o jornal britânico, o valor médio anual das propinas pagas por um estudante de uma licenciatura em Harvard é de 56.660 dólares. Contudo, somando despesas adicionais como o alojamento, a alimentação e outros serviços estudantis, o custo anual da frequência de um curso naquela universidade pode ultrapassar os 80.000 dólares.

“Tornar a Harvard financeiramente acessível para mais pessoas amplia a diversidade de origens, experiências e perspectivas que todos os nossos estudantes encontram, promovendo o seu crescimento intelectual e pessoal”, afirmou Alan M. Garber, presidente da Universidade de Harvard, num comunicado citado pelo Newsportu.

Texto editado por Pedro Guerreiro

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