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Europa devia focar-se na produção sustentável de chips para “aumentar a competitividade”

Numa análise das tendências de poluição no setor dos semicondutores com utilização intensiva de produtos químicos, um think-tank concluiu que a União Europeia (UE) deve concentrar-se na produção sustentável de chips à medida que as emissões do setor aumentam.

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Segundo Julia Hess, que liderou a investigação do think-tank Interface, "poderíamos aumentar a nossa competitividade reforçando as empresas da UE que já são líderes de mercado e que fabricam os chips necessários para a transição ecológica".

As fabricantes europeias de chips, como a STMicroelectronics, a Infineon e a NXP, estão entre as principais empresas no fabrico destes componentes.

Numa análise, o think-tank concluiu que o consumo de energia da indústria aumentou 125% mundialmente, nos últimos oito anos, devido a dois fatores principais:

  • Aumento da produção;
  • Produção de chips de última geração provoca mais emissões por chip.

Conforme esclarecido, os chips "maduros" ou "legacy", como os utilizadas nos automóveis, nas redes elétricas e nas aplicações industriais, são geralmente menos poluentes.

Assim sendo, considerando o crescimento exponencial da indústria de chips e a importância de uma produção mais sustentável de hardware essencial para a Inteligência Artificial, por exemplo, o grupo Interface considera que a UE deve concentrar-se no desenvolvimento da sua atual produção de semicondutores com menos emissões.

Chips Bosch

Entretanto, a UE está a considerar medidas adicionais para apoiar a sua indústria de semicondutores na sequência da EU Chips Act 2023, que ajudou a desencadear investimentos em nova produção. Contudo, esta não conseguiu atingir o seu objetivo principal de trazer a produção de ponta para a Europa.

Para Julia Hess, não é claro se a UE deve continuar a procurar a produção de ponta: "Se a UE quiser duplicar a produção de chips de ponta, isso irá afetar significativamente o clima e o ambiente, por chip, uma vez que estes têm emissões e consumo de energia muito mais elevados".

Ainda assim, na sua perspetiva, o facto de os chips serem produzidos com melhores normas ambientais acabará por ser uma vantagem competitiva a longo prazo.

Afinal, a maior parte dos chips de última geração ainda é produzida em climas subtropicais húmidos, na Ásia, o que implica custos energéticos significativos.



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