A guerra comercial dos Estados Unidos da América (EUA) com todos os seus parceiros comerciais está a levar as empresas pensem em formas de diluir o impacto. Os analistas da UBS estimam que a Apple possa aumentar o preço dos iPhones em até 30%, significando que o modelo ‘premium’ possa custar mais 350 dólares.
Para já, as contas dos analistas focam-se apenas do mercado norte-americano, mas isso não significa que as empresas não dividam os custos por todos os mercados onde operam.
O iPhone 16 Pro Max, o modelo mais avançado, tem um preço de venda de 1.199 dólares nos EUA e o aumento de 350 dólares coloca-o nos 1.549 dólares. Este valor final, já com o impacto das tarifas, significa que o iPhone ficará mais caro no seu principal mercado, superando mesmo o montante aplicado nos mercados europeus, especialmente Portugal (1.499 euros).
“Há muita incerteza sobre como a partilha de custos será feita com os fornecedores, até que ponto os custos podem passar para os clientes finais e a duração das tarifas”, escreve o analista Sundeep Gantori, da UBS, citado pela CNBC.
A Apple é uma das empresas mais exposta à guerra comercial, uma vez que a maioria da sua produção é feita na China. Com Trump a avançar com novas tarifas de 104% sobre bens chineses, a empresa de Cupertino estará a pensar, mais que nunca, mudar a produção para países vizinhos, como Índia, Vietname ou Tailândia.
Se a empresa quiser evitar tarifas e mudar a sua produção para os EUA, os analistas da Wedbush prevêem aumentos ainda mais significativos, em que o iPhone poderia ser colocado à venda por 3.500 dólares.
Como forma de diluir custos, e não aplicando aumentos apenas ao mercado americano, a JP Morgan Chase estima um aumento de preços em até 6% para os mercados mundiais. Contudo, a empresa da maçã está a tentar obter algumas isenções para os seus produtos junto da administração Trump.
Analistas do Morgan Stanley previam, a semana passada, que a Apple poderia absorver custos adicionais anuais de 34 mil milhões de dólares.
Corrida aos iPhones “baratos”
Perante uma ameaça da subida do preço destes dispositivos, os consumidores americanos estão a correr para comprar os iPhones ao que consideram ser “o preço de desconto” antes do aumento previsto.
Os clientes da Apple estão a apontar as tarifas como o motivo para atualizar o seu dispositivo móvel atual, deixando as poupanças para segundo plano.
Muitos analistas acreditam que o stock do modelo 16 pode não durar até setembro, mês em que a marca deve anunciar o iPhone 17.
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