O saldo comercial de bens entre Portugal e os EUA nos dois primeiros meses do ano foi positivo em 347,9 milhões de euros para as contas nacionais, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE. Este valor representa uma ligeira descida de 1,7% face a idêntico período de 2024.
Ao todo, as empresas portuguesas venderam bens no valor de 749 milhões de euros em Janeiro e Fevereiro (mais 4,2%), e compraram outros avaliados em 401,2 milhões (mais 9,9%).
Em termos globais, segundo o INE, em Fevereiro o défice da balança comercial diminuiu 483 milhões de euros face ao mesmo período de 2024, atingindo os 1952 milhões de euros após 9257 milhões em importações (mais 3,3%) e 7305 milhões em exportações (mais 11,9%).
Em 2024, os EUA foram o país com o qual Portugal teve o maior excedente comercial, avaliado em 2903 milhões de euros (com um forte contributo dos combustíveis).
A aplicação das tarifas recíprocas, decididas por Donald Trump, entra em vigor esta quarta-feira, para combater aquilo que o presidente dos EUA chama de “aproveitamento” por parte dos países que abastecem este país em maior proporção do que compram.
No caso dos países europeus, foi aplicada uma taxa adicional de 20% sobre todos os produtos importados a partir da UE. Entre ontem e hoje, tem decorrido uma reunião do ministro da Economia, Pedro Reis, com representantes de 18 associações empresariais de vários sectores para analisar qual a melhor estratégia a seguir, tendo em mente que os EUA são o principal mercado de bens portugueses fora da União Europeia (depois de ter ultrapassado Angola há vários anos).
Por parte da UE, a Comissão Europeia deverá apresentar a sua resposta aos EUA na próxima semana.
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