O livro de Ondjaki e António Jorge Gonçalves tem pouco de mitologia e simbologia políticas (apesar deste último desenhar caminhos, guerrilheiros, margens céus e um cão como se fossem signos de Tàpies, talismãs nostálgicos), mas não deixa de ser romântico e revolucionário na sua abordagem, ao nivelar uma personagem histórica da dimensão de Ernesto Che Guevara com um anónimo cão esfaimado nas margens de um lago africano.
O escritor angolano é o convidado desta semana no espaço de entrevista do podcast Na Terra dos Cacos para falar do seu O Tempo do Cão, um livro editado pela Caminho, feito em parceria que implicou deixar de fora quatro quintos do conto que tinha escrito. Uma conversa sobre amizade, Angola, as memórias dos professores cubanos e uma afirmação política de Ondjaki a favor da Palestina e dos palestinianos.
Antes, António Rodrigues e Elísio Macamo conversam sobre o apoio militar russo aos três países da Aliança dos Estados do Sahel, acertado na semana passada em Moscovo entre os quatro ministros dos Negócios Estrangeiros. Uma promessa de formação de cinco mil soldados para combater o jihadismo na zona central do Sahel.
Curiosamente, enquanto Mali, Níger e Burkina Faso iam a Moscovo selar a aproximação de que todos vinham falando, o general Michael Langley, comandante do Comando Africano dos Estados Unidos (Africom) comparecia no comité das Forças Armadas do Senado norte-americano para apresentar os argumentos que impeçam a Administração de Donald Trump de acabar com o Africom numa altura em que Washington não se pode dar ao luxo, por questões de segurança e geopolíticas, de desviar o olhar de África.
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