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“A maior e mais rápida que o planeta já viu”: cientista alerta para risco de nova extinção em massa

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Segundo o autor do estudo, as atuais projeções indicam que se nada for feito para travar as emissões de gases com efeito de estufa, a Terra poderá enfrentar um cenário semelhante ao do Período Permiano, quando cerca de 90% das espécies desapareceram.

Representação do planeta Terra há 4 biliões de anos

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scitechdaily.com

O planeta está a caminhar para uma nova extinção em massa, “a mais rápida e devastadora do que qualquer outra registada na história da Terra”. O alerta é dado pelo cientista britânico Hugh Montgomery, diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London.

As declarações feitas durante a cimeira internacional Forecasting Healthy Futures, onde o cientista britânico apelou a uma resposta global urgente face à crise climática, salientam as conclusões do relatório da revista científica The Lancet, do qual Montgomery foi autor, e que analisou os impactos das alterações climáticas na saúde humana.

Segundo o investigador, as atuais projeções indicam que se nada for feito para travar as emissões de gases com efeito de estufa, a Terra poderá enfrentar um cenário semelhante ao do Período Permiano, quando cerca de 90% das espécies desapareceram.

“A extinção pode ser a maior e mais rápida que o planeta já viu, e somos nós que estamos a provocar isso”, afirmou o investigador.

Atualmente, a temperatura média global já subiu 1,5.°C em relação aos níveis pré-industriais – o valor mais alto alguma vez registado na Era Moderna. Caso a tendência se mantenha, prevê-se que esse aumento atinja os 2,7.°C até ao final do século.

Para Montgomery, se a temperatura da Terra ultrapassar os 3.°C poderá haver consequências catastróficas.

“Se continuarmos a fustigar a base dessa coluna instável sobre a qual estamos apoiados, a própria espécie humana estará ameaçada”, sublinhou, recordando que, só em 2023, foram lançadas 54,6 mil milhões de toneladas de CO₂.

O cientista alertou ainda para a possibilidade de um súbito colapso climático, mesmo com aumentos aparentemente moderados na temperatura.

“Se alcançarmos, mesmo que temporariamente, um aumento entre 1,7. °C e 2,3.°C, teremos um colapso abrupto das camadas de gelo do Ártico. Sabemos que isso também vai causar uma desaceleração significativa da Circulação Meridional do Atlântico, da qual depende o nosso clima, provocando uma elevação do nível do mar em vários metros, com consequências catastróficas”.

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