A União Europeia (UE) e os Estados Unidos fizeram poucos progressos durante as negociações, esta semana, para dirimir as suas diferenças no âmbito da guerra comercial, razão pela qual Bruxelas antecipa que a maioria das tarifas anunciadas por Donald Trump, que se encontram atualmente “em pausa”, se mantenha.
O comissário europeu para o Comércio, Maroš Šefcovic, deixou o encontro de segunda-feira, que durou aproximadamente duas horas, com o secretário de Estado do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, pouco esclarecido relativamente à posição de Washington, com dificuldade em determinar os objetivos do lado americano, indicaram à Bloomberg fontes próximas das conversações.
Representantes das autoridades norte-americanas indicaram que a taxa de 20% sobre os produtos importados da UE – no quadro das chamadas “tarifas recíprocas” – reduzidas para 10% durante 90 dias – e outras direcionadas a setores específicos como o do metal ou o automóvel, não serão retiradas imediatamente, afirmaram, sob a condição de anonimato, à agência financeira.
Bruxelas anunciou na quinta-feira um adiamento por 90 dias a implementação das contratarifas de 25% sobre alguns os bens norte-americanos, que surgiram em resposta à taxa de 25% que Donald Trump impôs no mês passado sobre as exportações de aço e alumínio do bloco, assim como veículos e algumas peças de automóveis, depois de na véspera, numa reviravolta à guerra comercial, Donald Trump ter anunciado então uma redução temporária das tarifas recíprocas para 10% aplicada a países que não retaliaram contra as suas taxas e que, segundo o Presidente, foram mais de 75.
A abertura foi bem-recebida pela UE que quis dar uma oportunidade ao diálogo com Washington, mas deixou claro que iria avançar com o pacote de tarifas – que atingiriam cerca de 21 mil milhões de euros de produtos norte-americanos – entraria em vigir depois da pausa de três meses se as negociações não produzissem resultados satisfatórios.
O bloco dos 27 está, no entanto, a trabalhar para o caso desse cenário se concretizar, ao mesmo tempo que se apressa para concluir acordos comeciais com outos países e para melhorar o funcionamento do mercado único.
Embora as autoridades norte-americanas tenham sugerido que as medidas setoriais são para manter, algumas daas tarifas sobre automóveis, por exemplo, podem ser compensadas pelo aumento dos investimentos, da produção e das exportações dos Estados Unidos, de acordo com as mesmas fontes ouvidas pela Bloomberg.
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