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Tailandeses da Indorama vendem fábrica de químicos em Sines

A tailandesa Indorama Ventures, através da subsidiária neerlandesa, vendeu a totalidade da fábrica de químicos que tinha em Sines, informou esta quarta-feira a empresa. Há oito anos nas mãos da multinacional de Bangkok, esta unidade de produção de ácido tereftálico (PTA) foi alienada devido à pressão de custos e contexto macroeconómico, segundo os antigos donos.

A unidade de produção de químicos no Complexo Industrial de Sines, no distrito de Setúbal, fechou no final de março, depois de um processo de lay-off que colocou, pelo menos, seis dezenas de funcionários no desemprego. No final do ano passado, a empresa confirmou ao ECO a decisão de cortar postos de trabalho devido a pressões macroeconómicas e à maior concorrência enfrentava no setor.

Na altura, a administração garantiu que estava a falar com os trabalhadores para minimizar o impacto da medida, embora 40% dos trabalhadores já tivessem abandono a empresa logo em outubro de 2023, aquando do início do lay-off, que envolvia o pagamento de 66% do salário aos trabalhadores por parte da Segurança Social. Desde então, as linhas de produção e ácido tereftálico purificado – que é uma das matérias-primas utilizadas na criação de embalagens de plástico, entre as quais garrafas para bebidas – também estavam paradas.

“Após uma avaliação completa das condições de mercado e das pressões económicas, incluindo os elevados custos de matérias-primas e de energia, os impactos inflacionistas e a concorrência das importações de PTA de baixo custo, a empresa decidiu implementar a sua estratégia de otimização de ativos alienando o seu investimento na IVPPTA [fábrica de Sines]”, argumentou hoje a empresa, num comunicado ao mercado.

No entanto, a identidade dos compradores e o valor da operação não foram divulgados. A cotada na bolsa da Tailândia assegura apenas aos investidores de que esta venda “não afetará as operações ou a posição financeira da empresa, uma vez que os ativos da IVPPTA já se encontravam deteriorados em 2024”.

O negócio entre a Indorama e a Artlant – declarada insolvente – remonta a 2017, quando esses ativos industriais foram adquiridos por 28 milhões de euros (mais três milhões do que o preço mínimo definido). A fábrica que era da Artlant tinha uma capacidade de produção de 700 mil toneladas anuais, mas foi declarada insolvente depois de recorrer a um mecanismo de reestruturação empresarial (PER – Processo Especial de Revitalização) que não resultou. Deixou perdas superiores a 200 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos (CGD), que era o maior credor.

A transação da fábrica de PTA, que foi assinada a 11 de abril, corresponde a uma alienação de ativos e faz com que a empresa Indorama Ventures Portugal deixe de ser uma subsidiária indireta do grupo.

“O tamanho total da transação é inferior a 15% e o tamanho total de todas as transações nos últimos seis meses também não excede o limite de 15%, conforme prescrito na Notificação de Aquisição ou Alienação. No entanto, a transação envolve a alienação de um investimento numa subsidiária indireta, resultando na cessação da subsidiária indireta como subsidiária da sociedade”, detalha a Indorama na nota enviada à bolsa tailandesa.

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