Entre filmes, séries de televisão e publicidades, já tem no currículo mais de 50 produções. Entre os projetos mais recentes, está a saga de ação protagonizada por Keanu Reeves — mais concretamente, o último John Wick, o capítulo 4.

“Nós podemos ter que parar numa marca que são as pernas de um ator. Ele tem que confiar em nós e nós temos que ter a garantia de que não lhe vamos tocar. Isto aconteceu. Eu tive que fazer uma situação dessas com o Keanu Reeves”, conta Francisco Martins à SIC.

Há cerca de 10 anos que se dedica a ser duplo. No percurso, conta também com manobras arriscadas em produções nacionais — como um “acidente” em que bate contra uma árvore para a novela Paixão, emitida pela SIC em 2017.

E foi, precisamente, uma manobra com um carro que, no ano passado, bateu um recorde. No filme Profissão: Perigo, no qual Ryan Gosling interpreta um duplo, o duplo do ator, Logan Holladay, fez o maior número de voltas numa capotagem controlada de veículo: deu 8,5.

Antes disso, em Highpoint, de 1982, o duplo Dar Robinson realizou a maior queda livre em cinema. Saltou de 335 metros, da CN Tower, em Toronto, no Canadá. O paraquedas abriu a apenas 91 metros do chão.

Feitos impressionantes que, desde 2001, têm uma distinção própria na cerimónia anual dos Taurus World Stunt Awards. Também os SAG Awards dedicam uma categoria a esta arte desde 2008.

Agora, chegou a vez dos Óscares. A partir de 2028, na gala número 100, vai haver, finalmente, uma estatueta dourada para reconhecer o trabalho dos duplos.