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O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão afirma que as negociações com a delegação dos Estados Unidos em Roma foram construtivas e voltadas para o futuro.
O Irão e os Estados Unidos deverão reunir-se na próxima semana para discutir o avanço do programa nuclear iraniano, confirmou este sábado fonte da administração norte-americana, depois de os dois lados terem assinalado “bons progressos” nas conversações.
Uma fonte do Governo dos Estados Unidos confirmou à agência Associated Press (AP) que, a dada altura durante as negociações em Roma, o enviado especial do Presidente, Donald Trump, Steve Witkoff, e o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, conversaram pessoalmente.
Antes de se reunirem novamente em Omã, em 26 de abril, Araghchi disse que seriam realizadas conversações de nível técnico nos próximos dias. O facto de os especialistas discutirem detalhes de um possível acordo sugere avanço nas negociações e acontece numa altura em que Trump pressiona por um acordo rápido, ao mesmo tempo que ameaça agir militarmente contra o Irão.
As partes “fizeram um progresso muito bom nas discussões diretas e indiretas”, de acordo com um alto funcionário da administração Trump que falou sob condição de anonimato para discutir uma reunião diplomática privada.
Abbas Araghchi disse à televisão estatal iraniana que “as negociações foram realizadas num ambiente construtivo e (…) que estão a avançar”.
“Espero que estejamos numa posição melhor após as negociações técnicas”, estimou. E acrescentou: “Desta vez, conseguimos chegar a um melhor entendimento sobre uma série de princípios e objetivos.”
Momento histórico
O facto de as negociações estarem a decorrer representa um momento histórico, dadas as décadas de inimizade entre os dois países desde a Revolução Islâmica de 1979 e a crise dos reféns na Embaixada dos EUA.
Trump, no seu primeiro mandato, retirou-se unilateralmente do acordo nuclear do Irão com potências mundiais em 2018, desencadeando anos de ataques e negociações que não conseguiram restaurar o acordo que limitava drasticamente o enriquecimento de urânio de Teerão em troca do levantamento das sanções económicas.
O que está em risco é um possível ataque militar norte-americano ou israelita às instalações nucleares do Irão, ou os iranianos cumprirem as suas ameaças de desenvolver uma arma atómica.
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