Litos, capitão do ‘Boavistão’ que atingiu os píncaros em 2001 com o título de campeão nacional, recorda a A BOLA duelos com os leões e projeta o encontro deste domingo no Bessa
São realidades completamente distintas, especialmente quando comparadas com as situações dos clubes há mais de duas décadas, mas não deixa der ser um grande clássico do futebol português. Boavista e Sporting medem forças este domingo no Bessa, duelo relativo à jornada 31 do campeonato onde só o triunfo interessa aos dois conjuntos, que batalham por objetivos (bem) diferentes.
Enquanto as panteras lutam com todas as forças para garantirem a manutenção na elite nacional, os leões querem conquistar o bicampeonato, que foge há mais de 70 anos. Nesse sentido, o embate na Invicta promete ser bem quentinho e com intensidade no máximo, onde tudo pode acontecer.
Quem o considera é Litos, antigo jogador e capitão dos axadrezados na histórica época 2000/01, na qual o Boavista se sagrou campeão pela primeira e única vez. Em conversa com A BOLA, o ex-central realça o poderio dos verdes e brancos, mas sublinha que as panteras vão fazer tudo para conquistar os três pontos e que no futebol «tudo é possível.»
«No futebol tudo é possível, como se costuma dizer. Estamos a falar de duas equipas em momentos opostos. O Sporting procura pontos para ser campeão e o Boavista é o contrário, quer conquistar pontos para a sobrevivência na Liga. Vai ser difícil para o Boavista, porque o Sporting é uma equipa muito forte, muito jovem e com muita qualidade. Durante o jogo criam muitas oportunidades de golo, com um ponta de lança [Viktor Gyokeres] fortíssimo. Mas volto a dizer, no futebol tudo é possível e o Boavista vai trabalhar para ganhar o jogo», salientou o antigo defesa.
Puxando a fita atrás e recordando duelos passados com o emblema de Alvalade, Litos lembrou que os encontros entre os dois conjuntos eram intensos e sempre bem disputados: «Falamos de outra realidade, nós também tínhamos objetivos muito fortes. Não só o Boavista foi campeão, como também conseguiu duas vezes ficar em segundo lugar. Era um Boavista forte, com um treinador como o Jaime Pacheco, extremamente rigoroso. Eram duelos muito fortes, muito igualados. Mas é o passado, e a agora a realidade é esta. O Boavista atravessa muitas dificuldades, não só desportivas como também financeiras. Na altura era diferente, era muito mais competitivo e realmente eram grandes duelos entre nós e o Sporting.»
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Duelo mais marcante foi para a Taça de Portugal
Litos lembra com carinho várias partidas com os leões, incluindo o duelo no antigo Estádio do Bessa que foi decidido aos 89 minutos por Martelinho, no ano do título axadrezado, mas o embate que salta logo à memória foi outro e… noutra prova, anos antes (1996/97).
«Ainda há pouco tempo veio à memória um jogo das meias finais da Taça de Portugal. O Paulo Sousa foi expulso antes de terminar o tempo regulamentar e ficámos reduzidos a dez, no Bessa. Fizemos a reviravolta no prolongamento (aos 118′) com um golo meu, curiosamente. Ganhámos ao Sporting (3-2), nesse ano fomos à final contra o Benfica e ganhámos a Taça de Portugal. É dos jogos mais marcantes pessoalmente, contra o Sporting, porque deu-nos a passagem para a final da Taça. Foi um jogo histórico», recorda.
Litos cumpriu a formação nos boavisteiros e representou a equipa principal axadrezada ao longo de seis temporadas, tendo no currículo uma Liga, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça Intertoto.
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