Os operadores estão para já manter reserva sobre a previsão de duração da manutenção dos serviços de telecomunicações, mas Expresso fontes do setor têm admitido que deverão resistir “algumas horas”. As baterias que suportam as redes de telecomunicações aguentam no máximo seis horas, depois os geradores (onde os há) suportam as redes até haver combustível, explicou uma fonte do setor.

A imprevisibilidade é grande e a instabilidade dos serviços também. Os operadores estão a redimensionar as redes e a trabalhar na limitação da utilização das redes móveis para mitigar as falhas e continuar permitir aos clientes que façam pelo menos chamadas de voz móvel e uso de dados para mensagens.

“Para reforçar a autonomia da sua rede móvel, dada a imprevisibilidade da reposição de energia, a MEO reconfigurou a sua rede, limitando a utilização de dados móveis e apelando aos seus clientes que façam um uso responsável das comunicações móveis até que a situação seja totalmente normalizada”, afirma a operadora controlada pela Altice Portugal.

A realidade é que a situação tem-se agravado nas últimas horas. Há muitas das chamadas de voz já não se conseguem realizar. E há já portugueses no exterior com dificuldade em fazer ligações em roaming.

Uso “responsável das redes”

Está a haver um apelo dos operadores ao uso moderado e responsável das comunicações para que não se sobrecarregue as rede, deitando-as abaixo.

A MEO já o fez. A operadora detida pela Altice Portugal está a apelar aos clientes que façam um uso “responsável” das comunicações móveis. Em comunicado, a MEO diz que, para responder às falhas de energia que afetam Portugal Continental, já avançou que reconfigurou a rede móvel. A MEO esclarece ainda que “ativou de imediato o seu Plano de Contingência”, com o objetivo de garantir a máxima estabilidade e continuidade dos serviços.

Neste momento, assegura a MEO, a “prioridade é garantir a funcionalidade dos serviços essenciais e trabalhar rapidamente para a reposição total de todas as operações”.