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GenAI: “Uma revolução que veio para ficar” | PSuperior

Esta é uma “revolução que veio para ficar.” Nuno Costal não tem dúvidas: a Inteligência Artificial generativa (GenAI) não é uma moda, é uma revolução e não vai desaparecer. O director principal da NTT Data, empresa de consultoria e serviços de Tecnologias de Informação, foi um dos convidados do debate promovido pelo PSuperior nesta quarta-feira, sob o mote: “Qual o impacto da GenAI nas competências que os jovens têm de desenvolver para entrar no mercado de trabalho?”

Na abertura da conferência, o presidente do Instituto Superior Técnico falou sobre os três grupos em que se dividem aqueles que olham para a GenAI: os optimistas, os cépticos e os pessimistas. Rogério Colaço reforçou a ideia de que o mundo entrou numa nova era, pegando no exemplo de um precedente aberto pela Faculdade de Harvard, que contratou pela primeira vez um bot como professor de Ciências de Computação. Para o presidente da instituição onde se realizou o evento, em Lisboa, a famosa frase de Agostinho da Silva: “O homem não nasce para trabalhar, nasce para criar, para ser o tal poeta à solta”, pode tornar-se uma realidade.

David Pontes, director do PÚBLICO, destacou, também na abertura da discussão, a velocidade de um fenómeno que precisa de ser discutido para se poderem encontrar soluções de adaptação, alertando para a forma como esta tecnologia se tem feito sentir no campo do jornalismo: “No PÚBLICO acreditamos que, enquanto trabalhadores da escrita, não vamos ser substituídos, mas quem estiver na pele dos jornalistas sabe que não há outra indústria que tenha sido alvo de tantas mudanças tão rapidamente.”

A discussão centrou-se no impacto da GenAI no mercado de trabalho. Nesse contexto, Nuno Costal defendeu que é preciso ganhar as competências necessárias para tirar o melhor benefício destas ferramentas: “Quem as souber usar melhor tem uma vantagem no mercado de trabalho”, referiu, afirmando também que é preciso ter capacidade de reacção às mudanças tecnológicas.

Para Hugo Castro e Silva, professor do Instituto Superior Técnico e outro dos oradores da conferência, é importante que todas as pessoas experimentem as ferramentas para conhecerem as suas limitações e capacidades, mas não escondeu que há uma mudança no lado da docência, relativamente aos trabalhos de casa: “É preciso repensar formas de avaliação que não sejam geradas facilmente por ferramentas de Inteligência Artificial.

Para Mariana Fonseca, estudante de Inteligência Artificial e Ciência de Dados e fundadora da Junior AI – uma organização composta por estudantes universitários que oferece serviços de consultoria nesta área, o ingresso no ensino superior misturou-se com a entrada em cena da Inteligência Artificial, motivo pela qual estas ferramentas sempre estiveram presentes no seu percurso universitário. A jovem vê “enormes benefícios” na utilização de ferramentas de IA enquanto ajudantes na organização de tarefas, na criação de propostas de como fazer um trabalho, ou até mesmo para gerar código.

Mariana Fonseca acredita que em áreas das universidades onde a tecnologia parece estar menos presente, como nos cursos de letras, pode ser importante haver alguma intervenção das instituições de ensino superior para entender como a Inteligência Artificial pode ajudar no caminho dos alunos: “Se não mudarmos a mentalidade sobre o assunto, vamos ficar para trás”, disse.

Para Hugo Castro e Silva, o maior desafio que se coloca relativamente a estas tecnologias é a desigualdade. O docente considera que é preciso que as sociedades de organizem através do voto para que o desenvolvimento tecnológico seja centrado no ser humano, prevenindo a concentração de poder em grandes empresas.

A professora, psicóloga e investigadora Tânia Gaspar alertou também para uma realidade global e nacional que é desigual no que toca à chegada destas tecnologias: quando falamos de impacto no futuro, “é preciso perceber onde estamos a falar e a quantos anos de distância”.

Para a docente da Lusófona é inegável que o mercado de trabalho do futuro precisa de competências digitais. Contudo, continuar a investir em tarefas e competências humanas como o espírito crítico, a auto-regulação emocional e o trabalho em equipa é uma prioridade.

Outra questão importante para a psicóloga nesta transição é perceber como a sociedade a consegue acompanhar. “Fiz uma acção com professores e conheci uma professora de 50 anos que dava as aulas da mesma maneira que a sua professora”, partilhou, aproveitando para alertar para o facto de sempre ter havido ritmos diferentes na adaptação às tecnologias.

Nuno Costal concluiu que, “acima de tudo, a GenAI veio para aumentar as capacidades dos seres humanos e não para as substituir”. Para que a interacção entre os humanos e a Inteligência Artificial seja bem-sucedida, é preciso que esta seja alimentada por espírito crítico e capacidade de resolução de problemas do humano, avisou.



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