A três jornadas do final, eis o segundo melhor ataque do século. Fora de portas números são impressionantes: 37 pontos, 47 (!) golos marcados e 13 sofridos. «É treinador voltado para o ataque», assume Lucas Rodrigues
Rui Borges está a cumprir um sonho no comando técnico do Sporting, já o disse por várias vezes. Apanhou o comboio a meio, sendo o terceiro treinador da época dos leões, depois das saídas de Ruben Amorim e João Pereira, e desde a estreia, a 29 de dezembro de 2024, com uma vitória na receção ao Benfica (1-0), tem sido sempre a pontuar na Liga.
Na era de Rui Borges os leões venceram 11 jogos e empataram cinco na caminhada rumo ao tão desejado bicampeonato, algo que foge aos de Alvalade há já 70 anos, isto falando no campeonato nacional. Apontado como um treinador de ataque, Borges tem moldado a equipa nesse sentido e, diga-se, que os resultados estão bem à vista. Após a goleada importa ao Boavista, por 5-0, na última jornada — naquele que foi ao resultado mais dilatado de Rui Borges enquanto treinador, tanto a nível amador como profissional —, esta equipa é detentora do segundo melhor ataque do século (atrás do registo da última temporada, em que com os leões a terminarem o campeonato com 96 golos marcados), ultrapassando a fasquia 79 tentos apontados em 2015/2016.
A lógica do número 50
Para se encontrar registo de meia centena de golos marcados na qualidade de visitante em jogos da Liga. é preciso recuar a 1946. Os leões têm 47 e mais três oportunidades para subir esse número
A BOLA foi ouvir quem já trabalhou com Rui Borges, neste caso no Mafra, para tentar perceber se esta vocação ofensiva vem de trás, e o extremo Lucas Rodrigues, agora jogador do FC Seoul (Coreia do Sul), não lhe poupou elogios.
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«Ele é, de facto, um treinador voltado para o ataque, com variedade de estratégias e que privilegia sempre as boas tomadas de decisão. Quando fui treinado por ele [em 2022/2023, no Mafra] os treinos eram objetivos, intensos, de fácil compreensão e bastante prazerosos», começou por dizer.
«É UM TREINADOR MUITO HUMANO»
Ainda no capítulo dos números, diga-se que fora de portas o ataque leonino tem sido avassalador: 47 golos marcados (13 sofridos)! Ao todo são 16 jogos enquanto visitantes (11 vitórias, quatro empates e uma derrota) que renderam 37 pontos amealhados.
A título de curiosidade diga-se que dos 51 jogos que o Sporting já realizou esta temporada, em cinco provas, só em quatro é que o Sporting não marcou: derrota com o Santa Clara (0-1, na 12.ª jornada), ante o Gil Vicente (0-0, na 15.ª ronda) e nos dois jogos com o Borussia Dortmund, para a Champions (0-3 e 0-0).
«Sempre o admirei pela sua postura, inteligência e competência. Estarei a torcer por ele e espero que consiga obter vitórias nos últimos três jogos, culminando a época com uma merecida conquista do campeonato», realçou Lucas Rodrigues.
O brasileiro, de 25 anos, fez ainda questão de realçar outro lado de Rui Borges: «Desde que fui treinado por ele, ficou evidente que era um treinador de outro nível. Quando assumiu a minha equipa [Mafra], tinha deixado um clube que estava no topo da tabela [Vilafranquense] e entrou como nosso treinador num momento crítico, quando estávamos na zona de descida e com todo o talento e habilidade conseguiu levar-nos até ao 6.º lugar, deixando marca na história do clube. É um treinador muito humano, compreensivo, preocupado e próximo dos jogadores.»
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Gyokeres é o jogador que mais tem contribuído com golos para os registos do ataque, contabilizando 38 tentos (em 30 jogos) à sua conta só para o campeonato nacional. «É aproveitar enquanto o temos», já disse Rui Borges um par de vezes, e, de facto, tem tirado partido do melhor que o sueco sabe fazer. Analisando os golos do homem da máscara, salta à vista um dado: já marcou mais fora de casa do que em Alvalade (21/17), tendo ainda pela frente três rondas: Gil Vicente, Benfica e V. Guimarães
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