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Burberry reduz 1700 postos de trabalho, apesar de lucros superarem as expectativas | Moda

A marca de luxo britânica Burberry anunciou nesta quarta-feira que planeia cortar 1700 postos de trabalho, cerca de um quinto da força de trabalho global, para reduzir os custos, como parte dos esforços para recuperar o desempenho, fazendo subir as acções.

A Burberry está na fase inicial de um plano de recuperação liderado pelo CEO Joshua Schulman, que está a tentar reverter os anos de fraco desempenho da marca face aos rivais de luxo.

Schulman, anteriormente na Jimmy Choo, mudou a estratégia e o marketing da Burberry para se concentrar mais nas icónicas gabardines e lenços, depois de a marca ter sido prejudicada por erros de produto, aumentos excessivos de preços e uma queda mais ampla do sector do luxo.

“Os indicadores da nossa marca revelaram uma melhoria significativa no segundo semestre em relação à primeira metade do ano”, afirmou Schulman num encontro com jornalistas.

A planeada redução de 1700 postos de trabalho a nível mundial afectará sobretudo as funções de escritório. Além disso, será canelado um turno nocturno na fábrica de gabardines da Burberry em Castleford, Inglaterra, afirmou Schulman, acrescentando que as horas extraordinárias resultaram numa “sobreprodução”.

As acções da Burberry subiram 8% após a actualização da estratégia e a apresentação dos resultados que superaram as expectativas.

Schulman, que substituiu Jonathan Akeroyd, é o quarto director-executivo da casa de moda britânica em dez anos. Sob Marco Gobbetti, que dirigiu o grupo entre 2017 e 2021 e contratou o designer Riccardo Tisci, a empresa tentou levar a marca para o topo da moda de luxo, sem muito sucesso financeiro. Já Akeroyd, que assumiu a liderança em 2022, depositou as esperanças em acessórios de couro com margens mais elevadas e no director criativo Daniel Lee.

A marca britânica evitou por pouco uma perda para o ano financeiro de 2025, que terminou a 29 de Março, com um lucro operacional ajustado de 26 milhões de libras (mais de 30 milhões de euros), superando a estimativa dos analistas de 11 milhões de libras.



Loja da Burberry em Londres
Alessia Pierdomenico/Reuters

As vendas comparáveis do quarto trimestre caíram 6%, melhor do que a previsão dos analistas de um declínio de 7%. Por sua vez, nos EUA, na região da Europa, Médio Oriente, Índia e África diminuíram 4% em comparação com o ano passado, enquanto as vendas na Ásia-Pacífico diminuíram 9%.

Contudo, a perspectiva de uma descida do consumo nos EUA pode representar um desafio para a aposta de Schulman, que vê nestes compradores americanos uma possibilidade de aumentar as vendas da Burberry.

“Quando entrámos no quarto trimestre, o cliente americano estava a manter o seu ímpeto, mas (…) as coisas ficaram um pouco agitadas quando chegámos a Fevereiro, particularmente no mercado americano”, reconheceu Schulman aos jornalistas.

Os EUA representam 19% do negócio da Burberry, fundada em 1856. A marca britânica não abordou especificamente as tarifas norte-americanas na declaração, mas disse que os “desenvolvimentos geopolíticos” estavam a tornar a economia mais incerta. Também não foram traçados objectivos específicos para o exercício financeiro de 2026.

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