O Tondela venceu (0-2) esta sexta-feira em Leiria para suceder ao Santa Clara como campeão nacional da II Liga, reeditando o título conquistado em 2014-15 no regresso ao principal escalão três épocas depois da descida. O Alverca, com triunfo (2-1) sobre o Portimonense, regressa igualmente ao convívio com os grandes após 21 anos de ausência.

Na expectativa permanecerá o Vizela, terceiro classificado, que cumpriu (1-2) na Madeira, frente ao Marítimo, mas não evitou o play-off.

Depois de ter assumido o primeiro lugar à 20.ª jornada, o Tondela esteve na iminência de ir do céu ao inferno do play-off, ao colocar-se à mercê do Alverca com a derrota (1-2) na ronda anterior.

Em Leiria, com o Alverca a bater o Portimonense e a reclamar o comando virtual do campeonato, o Tondela teve de vencer o nervosismo para não colapsar na hora da verdade. Por instantes, a equipa de Luís Pinto caiu mesmo para o terceiro lugar. Mas um golo do angolano Miro (83′) e outro de Roberto (90+4′), repôs o estatuto da equipa que andou quase metade do campeonato em primeiro.

Alverca em festa

Um ano após ter ascendido aos campeonatos profissionais, com estatuto de campeão da Liga 3, o Alverca está, 21 anos depois da última campanha entre os grandes do futebol português, de regresso à I Liga.

O triunfo 2-1 frente ao Portimonense, com Fernando Varela (63′) a acender o rastilho da festa depois da vantagem conseguida por David Bruno (15′), não deixava grandes dúvidas e deixava um vislumbre do título.

De entre os três emblemas que discutiam a promoção directa na última jornada da II Liga, o Alverca era o que reunia todas as condições para o garantir, ficando apenas dependente de um deslize do Tondela em Leiria.

O Alverca recebia um Portimonense a salvo da despromoção, o que motivou algumas alterações por parte do treinador Ricardo Pessoa, reforçando, em tese, o favoritismo dos ribatejanos. Além disso, a expulsão do central Alemão, aos 10 minutos, por acumulação de cartões amarelos, precipitou o desfecho mais desejado em Alverca.

Vizela sem sorte

Sem derrotas em 2025, ano em que só não venceu seis dos 19 encontros anteriores, o Vizela colocou-se numa posição de dependência com um autogolo de João Reis, já em período de compensação, no jogo anterior, da 33.ª jornada, ante o Ac. Viseu. Azar que ditou o empate caseiro e deixou os minhotos apenas com a certeza de que só o lugar de play-off estava garantido.

A promoção directa e a conquista do título passavam pelo que o Tondela fizesse em Leiria e o Alverca na recepção ao Portimonense, isto, obviamente, desde que o Vizela vencesse o Marítimo, no Funchal. Uma situação agravada pelo golo dos madeirenses logo aos 12 minutos, a fazer pender ainda mais os pratos da balança para a subida imediata de Tondela e Alverca.

Nada que impedisse o Vizela de lutar por um desfecho diferente, com Afonso Freitas (45+1′) a iniciar a reviravolta consumada pelo dominicano Mörschel na conversão de um penálti (63′). O futuro era promissor, mas o Tondela trocou as voltas a toda a gente, ao marcar em Leiria para garantir o título de campeão.