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José Nuno Azevedo e o 4.º lugar do Sp. Braga: «A dada altura pareceu possível fazer melhor» – Sp. Braga


O Sp. Braga sofreu “alguma oscilação” e ficou-se por uma “classificação normal” na edição 2024/25 da Liga Betclic, ao terminar no quarto lugar pela 18.ª vez, e segunda consecutiva, avalia o ex-futebolista arsenalista José Nuno Azevedo.


“O Sp. Braga teve uma primeira volta complicada, em que cedeu vários pontos e condicionou muito a época. Depois, fez uma segunda volta mais de acordo com as suas capacidades, mas claudicou inesperadamente na parte final e perdeu a oportunidade de entrar direto na Liga Europa. Foi a falha desta época”, frisou à agência Lusa o ex-defesa direito, sexto com mais jogos pelos minhotos (307), nos quais alinhou entre 1992 e 2003.


O Sp. Braga acumulou 66 pontos, contra 82 do bicampeão Sporting, 80 do ‘vice’ Benfica e 71 do FC Porto, que beneficiou da pior série da equipa arsenalista no campeonato, com quatro duelos sem triunfar nas últimas jornadas, para chegar ao pódio.


“Não encontro uma justificação para isso. A realidade é que aconteceu e penalizou muito uma segunda volta de grande qualidade. Estes últimos jogos deitaram a perder muito do que foi feito de bom nessa recuperação importante, mas o que ficará para a história é o quarto lugar e a dada altura pareceu possível fazer melhor”, referiu José Nuno Azevedo.


Os minhotos começaram de forma atribulada, ao despedirem o treinador Daniel Sousa a seguir ao empate caseiro com o Estrela da Amadora (1-1), na jornada inaugural, volvidos três jogos nas pré-eliminatórias da Liga Europa, tendo Carlos Carvalhal regressado para uma terceira passagem pelo clube, no qual já é o segundo técnico com mais jogos (167).


“Ele demorou a encontrar a solução. O plantel não foi construído por si, foi reajustado em janeiro e a realidade é que, de lá para cá, as coisas melhoraram claramente. O Carvalhal é um dos mais conhecedores daquela realidade e, se lhe forem dadas as condições para poder fazer crescer o Sp, Braga, pode ser o homem certo no lugar certo. Agora, dependerá muito dele próprio e, depois, da ambição que o presidente possa ter”, admitiu.


Entre os 35 futebolistas utilizados no campeonato, os arsenalistas estrearam seis jovens da sua formação, com José Nuno Azevedo, de 55 anos, a valorizar a afirmação do lateral esquerdo Francisco Chissumba e do guarda-redes checo Lukás Hornícek, que rendeu o brasileiro Matheus, cedido aos neerlandeses do Ajax no inverno, após 11 anos no Minho.


“A qualidade na formação existe e os valores que foram aparecendo são a demonstração disso mesmo. Depois, há todo um enquadramento que esses jovens têm de ter e, se isso acontecer com futebolistas do nível e da experiência de, por exemplo, um João Moutinho, eles estarão mais perto de ter sucesso. Se forem atirados às feras sem sustentabilidade, podem não ter a estabilidade necessária para responder da melhor maneira”, enquadrou.


Advertindo que “obter grande sucesso só com base na formação é utópico”, o ex-defesa apela à contratação de reforços em mercados acessíveis, mas ressalva os impactos na estabilidade do clube dos quase 61 milhões de euros (ME) feitos em vendas em 2024/25.


“Todos os clubes em Portugal têm de vender, até porque é a única forma de manterem o equilíbrio. Quando se recebe aquele dinheiro por um jogador de 30 anos como o Bruma [vendido ao Benfica por 6,5 ME a meio da época], isso tem de ser entendido. Agora, se queremos ser campeões nacionais e lutar por troféus, não é a libertar os melhores ou os mais experientes que isso pode acontecer. De qualquer modo, faz parte. O problema é o clube conseguir o que já fez: comprar barato e bom para, depois, vender caro”, lembrou.


José Nuno Azevedo espera que o Sp. Braga tenha retirado lições do início desta temporada, na qual teve de arrancar os trabalhos mais cedo, por causa da presença nas fases preliminares da Liga Europa, panorama que vai repetir em 2025/26, com o objetivo assumido pelo presidente António Salvador de atingir um inédito título nacional até 2029.


“Há que reforçar e consolidar um plantel forte, que possa competir ao nível dos melhores. Isso é a base. Depois, a base social do clube tem de aumentar e isso é muito estimulado pelos resultados, mas claramente depende mais da cidade e das pessoas que se movem à sua volta para que o clube possa crescer. Se não for assim, será muito difícil”, projetou.



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