O Chega e Partido Socialista (PS) saíram empatados em termos de mandatos nas eleições legislativas de domingo, com 58 cada, mas os votos dos círculos da emigração — conhecidos a 28 de maio — podem colocar o partido de André Ventura em segundo lugar.

Álvaro Beleza mostra-se disponível para ajudar o Partido Socialista (PS) no que for necessário — até “colar cartazes” —, mas afasta-se de uma possível candidatura ao cargo de secretário-geral do partido, atualmente vago após a saída de Pedro Nuno Santos.

“Ainda hoje dizia a um amigo meu que percebi que ainda sou jovem para ser Papa, mas talvez já um bocadinho velho para ser secretário-geral do Partido Socialista (PS)”, frisa.

O convidado desta semana do “Importa-se de Repetir?” defende que o Partido Socialista (PS) deve fazer parte da solução e estar disponível para evitar que a Aliança Democrática (AD) tenha de negociar mais à direita, nomeadamente com o Chega.

“O PS deve estar disponível para chegar a acordos com o PSD em questões fundamentais do regime. Não têm de ser todas, mas deve ser parte da solução. Se assim for, o país sairá a ganhar e acredito que os portugueses irão premiar tanto o PS como a AD.”

Relembra que Pedro Nuno Santos ainda é muito jovem e poderá regressar à política, sublinhando que não é o principal responsável pelo resultado do partido nas eleições de domingo.

“Toda a gente comete erros, ele também os cometeu, mas cometeram-nos todos. O PS esteve oito anos no Governo e também cometeu erros. Parte do desgaste do que está a acontecer também tem a ver com erros cometidos no passado.”

“Importa-se de Repetir?” é o novo espaço de análise política da SIC Notícias, com Bernardo Ferrão, Ângela Silva e Paulo Baldaia, emitido todas as quartas-feiras na Edição da Noite. Em cada episódio, uma declaração da atualidade que tenha gerado dúvidas ou causado perplexidade é escolhida para debate e reflexão.