As baterias tornaram-se os pulmões dos veículos elétricos, sendo a componente mais discutida na decisão de compra de determinado modelo. A sua capacidade e autonomia, assim como a respetiva rapidez de carregamento são os elementos quase sempre em destaque. Mas há um novo fator a ter em conta: o seu peso. É neste ponto que os investigadores continuam a estudar para encontrar uma solução de bateria que torne os próprios veículos mais leves e ao mesmo tempo com melhor performance.
Segundo a The Brighter Side, investigadores da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia, estão a ser desenvolvidas opções para transformar as enormes e pesadas baterias em outros formatos na estrutura dos automóveis. Ou seja, atualmente, as fabricantes de automóveis optam por esconder os kits de baterias debaixo dos assentos ou da base do veículo. A nova abordagem prevê designs estruturais das baterias protegidas por fibra de carbono.
Na prática, as baterias deixam de ser um “mono” escondido, para serem partes estruturais do veículo, tais como o chassis ou o tejadilho. A fibra de carbono pode proteger simultaneamente a bateria, como ter força para aguentar peso adicional da estrutura do veículo. A fibra de carbono é leve, resistente e energeticamente densa para substituir os materiais tradicionais como o alumínio. A publicação refere que esta troca pode significar menos 20% de peso num veículo elétrico ou até 70% em certas aplicações.
Este promete ser um passo importante não apenas para a indústria automóvel, como outras, da mesma forma que começou com a inovação dos carregamentos rápidos, beneficiante outros sectores que apresentem o mesmo tipo de desafios relacionados com a bateria.
Créditos: Chalmers University of Technology / Henrik Sandsjö
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A nova tecnologia de bateria é feita de fibras de carbono revestidos com fosfato de ferro-lítio, juntamente com materiais avançados como óxido de grafeno reduzido, que é apontado como capaz de melhorar a performance e aumentar a durabilidade. A The Brighter Side diz que os modelos mais recentes alcançaram densidades de energia até 42 Wh por kg, sendo mais rígido quando comparado ao alumínio, o que o torna viável no uso dos veículos.
Os investigadores ainda têm de resolver desafios, tais como melhorar o output geral da voltagem e fazer a mudança para eletrólitos de estado sólido mais seguros. No entanto, o trabalho parece encaminhado para chegar à utilização comercial. A equipa da universidade chegou a criar a startup Sinonus AB para acelerar a comercialização, mas uma nota aponta que a iniciativa entrou em pausa, transferindo todos os direitos para a academia.
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