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A ex-advogada de El Chapo e um ex-contrabandista de drogas podem vir a ser juízes no México

Leopoldo Chavez, condenado por contrabando de mais de quatro quilos de metanfetaminas em 2015, e membro da região Triângulo Dourado do México, controlada por cartéis de droga, é um dos candidatos a juiz em Durango, nas eleições que se vão realizar a 1 de junho, no México. De acordo com uma notícia avançada pela agência Reuters, Chavez partilhou um vídeo no Facebook onde diz já ter cumprido a sua pena e não se “vender como o candidato perfeito”, esperando que “o povo [o] julgue”.

Também Silvia Delgado, a advogada que representou o famoso El Chapo, antigo chefe do Cartel de Sinaloa, em 2016, espera tornar-se juíza do tribunal criminal em Chihuahua. El Chapo acabou extraditado para os Estados Unidos, onde foi condenado a prisão perpétua.

Outro dos candidatos é Francisco Hernandez, que foi demitido pelo Conselho Judiciário Federal na sequência de uma investigação sobre alegações de abuso sexual e corrupção, e que concorre para juiz do Estado de Jalisco.

Fernando Escamilla, na corrida para juiz federal criminal em Nuevo Leon, tem no seu currículo trabalhos jurídicos para membros do cartel Los Zetas. Em entrevista à Reuters, Escamilla frisou como trunfo o conhecimento da lei de extradição junto dos chefes do cartel.

Estes são quatro candidatos entre os cinco mil que disputam cerca de 840 cargos federais, incluindo os de juízes do Supremo Tribunal. Mas não serão os únicos com um currículo questionável. O grupo mexicano de defesa dos direitos humanos Defensorxs diz ter identificado na corrida cerca de 20 pessoas com processos criminais ou suspeitos de corrupção e ligações a cartéis.

Várias organizações civis, associações de juízes e legisladores mexicanos têm alertado para o que consideram ser um risco para o Estado de direito no país, podendo eliminar os controlos e equilíbrios do partido Morena no poder e permitir maior influência dos grupos do crime organizado no sistema judicial.

A reforma inclui a redução do número de juízes do Supremo Tribunal de 11 para nove, encurta os mandatos para 12 anos, e elimina a eleição de menores de 35 anos, que podem ter apenas cinco anos de experiência.

Aprovada em 2024, a controversa reforma foi proposta pelo ex-presidente Andres Manuel Lopez Obrador e apoiada pela sua protegida e atual presidente do México, Claudia Sheinbaum, com o argumento de que acabaria com a corrupção no sistema judiciário mexicano, deixando nas mãos do povo a decisão.

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