O gabinete do Presidente francês, Emmanuel Macron, desvalorizou esta segunda-feira um incidente em que Brigitte Macron parece empurrá-lo, na chegada do casal ao Vietname, para o início de uma viagem pelo Sudeste Asiático.

No vídeo, gravado este domingo, 25 de Maio, Brigitte Macron parece empurrar a cara do marido antes de descerem do avião presidencial, levando-o a recuar para recuperar a postura e acenar para as câmaras apontadas às escadas da aeronave.

Nas imagens da porta do avião não é possível ver Brigitte Macron, que está dentro da aeronave, impedindo que se veja a sua linguagem corporal. O casal, casado desde 2007, desceu depois as escadas em conjunto, com Brigitte a recusar o braço do marido.

“Estava a discutir, ou melhor, a brincar, com a minha mulher”, afirmou Macron aos jornalistas em Hanói. “É irrelevante”, acrescentou.

O Presidente francês disse ainda que esta não era a primeira vez, nas últimas semanas, que o conteúdo de vídeos seus tinha sido distorcido por pessoas que descreveu como “malucos”.

Nesta segunda-feira, 26 de Maio, um responsável do Eliseu desvalorizou o momento, negando que se tratasse de uma discussão entre os dois: “Foi um momento em que o Presidente e a sua esposa estavam a descontrair uma última vez antes do início da viagem, a rirem-se.”

“Foi um momento de proximidade”, afirmou o responsável.

A visita de Macron ao Vietname — a primeira de um Presidente francês em quase uma década — surge numa altura em que o líder pretende reforçar a influência de França na sua antiga colónia.

O Vietname, cuja economia é fortemente orientada para as exportações, fez concessões aos Estados Unidos nas negociações comerciais, numa tentativa de evitar as tarifas de 46% impostas pela Administração Trump. Bruxelas está preocupada com o facto de que os esforços do Vietname para comprar mais produtos americanos possam prejudicar os interesses europeus.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha ameaçado na última sexta-feira, 23 de Maio, impor tarifas de 50% sobre as importações provenientes da União Europeia, mas suavizou a sua posição dois dias depois, restabelecendo o prazo de 9 de Julho para as negociações entre Washington e Bruxelas.