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Cartas ao director | Opinião

Mui significativo

Caro João Miguel Tavares, ainda pensei que as férias na Islândia lhe tivessem esfriado as “tendencionites”, mas não! Este “novo” Governo é significativamente melhor que o primeiro? Tudo quase igual, apenas três novos ministros, um deles com um upgrade de secretário para ministro. Os outros dois a ver vamos, mas não será difícil fazer melhor que Margarida Blasco, e quanto a um ministério para reformar o Estado, vamos ver. Mas, falar de um Governo significativamente melhor, quando o elo mais fraco do anterior Governo se mantém, só por teimosia do primeiro-ministro, não tem nada de significativo.

Um jornalista/colunista que não se manifesta quando um Ministério da Cultura perde a sua independência e passa a fazer parte de uma troika com jovens e desporto também não me parece muito significativo. Será que as ideias congelaram mesmo?

Carlos Colaço, Charneca da Caparica

Novo Governo

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresentou anteontem o novo Governo ao Presidente da República. Já houve reacções de membros de partidos da oposição, como o Chega e o PS. Quer um quer outro puseram em causa um ou outro ministro. Ambos os partidos disseram alguma coisa para não ficarem calados. Na verdade, as indigitações dos diversos ministros têm por objectivo a elaboração de um programa de Governo que tenha em vista pôr em prática as promessas eleitorais. Há apenas um novo ministro que me sugere alguma coisa de diferente do costume: o ministro para a Reforma Administrativa. Os liberais de todos os matizes têm vindo a reivindicar a reforma do Estado. O nosso Estado tem consubstanciado o chamado Estado Social: segurança social pública; educação pública, para todos e de qualidade; água pública; justiça acessível a todos; Serviço Nacional de Saúde, etc. Todas estas áreas e outras dos serviços públicos poderão ser fonte de negócios privados. Perante isto, pergunto: para que será um Ministério da Reforma Administrativa?

Mário Pires Miguel, Reboleira

A confusão

António José Seguro, ao apresentar-se como candidato à Presidência da República, veio demonstrar as divisões internas no PS. A indecisão quanto à altura da eleição do novo secretário-geral, resultado de grandes fracturas internas é a meu ver muito prejudicial. Querer ir para eleições, quer presidenciais quer autárquicas, sem o partido ter um líder é um suicídio político. A aposta que uma certa ala do partido pretende fazer em António Vitorino seria mais um erro por várias razões: uma é a de ter dois candidatos da mesma área. Uma outra é a de Gouveia e Melo ter estado muito à frente em relação a qualquer outro candidato e ainda porque António Vitorino dificilmente iria captar o centro-direita. E será que Vitorino está interessado quando está empenhado numa tarefa internacional tão importante para a Europa? Estes problemas deveriam ser resolvidos internamente e à porta fechada. Quando vindos para a praça pública em nada ajudam a que o partido comece o trabalho de recuperação do seu tradicional eleitorado. E claro que, como se viu nas eleições legislativas, há quem esteja a lucrar com a situação.

António Barbosa, Porto

“Todos” pró-vida

Começo por enumerar quem são os “todos”: Gouveia e Melo, Lúcia Amaral e uns tantos deputados do PSD na última legislatura. O primeiro “cunhou” a frase em epígrafe, na recente entrevista que deu à Newsportu. A segunda e os terceiros pediram — pela enésima vez — ao Tribunal Constitucional que se pronunciasse sobre a mais que aprovada lei da morte assistida, que lhes fez o “favor” de a remeter para a Assembleia da República onde, mais uma vez, vai ficar a marinar até às calendas. Lamentavelmente, o almirante, dando mostras de uma negligência inculta, até se referiu a ela como a lei da eutanásia ou do suicídio assistido, “ou seja lá como lhe chamem” (sic), que disse ser “um assunto complexo e a merecer muita reflexão” (sic). Muita reflexão? Ainda não houve a suficiente? Continuando. Lúcia Amaral, enquanto provedora de Justiça, em vez de bem desempenhar o seu munus como tal (bem sei que o cargo só denuncia e aconselha, mas não tem qualquer outro poder), é agora ministra da Administração Interna. Palavras para quê? Quanto aos deputados “laranjas”, não sei se ainda o são, mas o trabalhinho foi feito no eterno adiar de uma lei que serve somente para triar o sofrimento individual dos que não o suportam e é deles e só deles. “Todos” pró-vida? Uma ova, meus caros excelentíssimos!

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto

#Cartas #director #Opinião

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