Nos últimos dias, tive o privilégio de ver o meu artigo sobre o tema das linhas vermelhas – E que tal as linhas vermelhas? Estão a ser boas para vocês? – ser criticado por três colunistas que muito estimo, e que discordaram efusivamente de mim. Manuel Carvalho defendeu que os democratas têm toda a legitimidade para reclamar a sua superioridade moral em relação ao Chega. Francisco Mendes da Silva garantiu que a realidade não só não destruiu a tese das linhas vermelhas, como mostrou que o “não é não” de Luís Montenegro foi essencial para a direita recuperar o poder. Henrique Raposo afirmou que eu errei ao não perceber que Ventura está sobretudo a conquistar eleitores à esquerda: “Invocar que o crescimento do Chega é feito graças às linhas vermelhas impostas pela direita clássica é um absurdo, porque o Chega está a vir do outro lado.”