Em declarações exclusivas a A BOLA, lateral-esquerdo destaca a ambição do FC Porto no Mundial de Clubes e projeta o encontro com o Inter Miami, agendado para amanhã
NOVA JÉRSIA — Depois de uma época inaugural de dragão ao peito na qual foi o rei das assistências, com 12, Francisco Moura, que já soma 40 partidas pelos azuis e brancos, faz um balanço dos primeiros dias nos Estados Unidos e destaca a ambição do plantel no Mundial de Clubes.
— Que balanço faz dos primeiros dias nos Estados Unidos?
— No início estava um bocado difícil, também por causa do jet lag. Aos poucos, estamos a adaptar-nos cada vez melhor. Tivemos agora o primeiro jogo e estamos a preparar-nos para o segundo. É nisso em que estamos focados.
— O plantel estava à espera de uma receção tão calorosa da comunidade portista à chegada ao hotel, na semana passada?
— Sim, sabíamos que há muitos adeptos do FC Porto espalhados pelo mundo fora. Temos sempre muita gente a apoiar-nos em todo o lado e sabíamos que iria ser assim aqui também, porque não falha. Agradecemos muito o apoio deles.
A mais de 5300 quilómetros da Invicta, a mais recente Casa do FC Porto nos Estados Unidos ganha forma
e tudo começou com a ideia de receber a equipa à chegada ao país. Adesão até surpreendeu fundadores…
— O empate (0-0) com o Palmeiras foi um resultado justo?
— Acabou por ser um resultado justo. As duas equipas tiveram várias oportunidades. Foi um bom jogo de futebol e acho que poderia ter caído para qualquer um dos lados.
— A intensidade do Palmeiras surpreendeu?
— Eles estão a meio da época. Sabíamos que iam estar com uma condição física melhor que a nossa, que já não competíamos há quase um mês, mais para o final do jogo.
— O estado do relvado foi muito falado antes do jogo…
— O relvado realmente não estava nas melhores condições, mas estava assim para os dois lados, por isso não pode servir como desculpa.
— Cláudio Ramos transmite total confiança na baliza?
— Sim, toda a gente que está envolvida no plantel tem essa confiança do míster e da equipa. O Diogo não estava, o Cláudio esteve muito bem e correspondeu.
Pité, que partilhou balneário com o guardião no Tondela, tece rasgados elogios ao número 14 dos dragões. «Adeptos estão descansados», frisa a A BOLA
— Já passou o teste mais exigente da fase de grupos?
— Todos os jogos são diferentes, todos vão ser muito difíceis. Vamos apanhar agora um jogo também complicado, contra jogadores de grande valia. Jogadores que já passaram por grandes campeonatos.
— É um dos grupos mais equilibrados do Mundial de Clubes?
— Está a ser equilibrado porque ninguém está em vantagem e ninguém está em desvantagem. Está tudo em aberto.
— Que dificuldades esperam encontrar frente ao Inter Miami?
— Vai haver sempre dificuldades. Tem jogadores muito experientes, como Jordi Alba, Messi, Busquets… São jogadores que já ganharam muito mundialmente, mas nós somos o FC Porto e queremos ganhar o jogo.
— É especial defrontar Messi?
— Sim, é sempre especial. O Messi é um dos melhores da história.
Avançado do Inter Miami esteve à conversa com Roberto Baggio, que lhe ofereceu uma camisola especial
— O Inter Miami tem vantagem por estar em competição?
— Acabam por estar numa melhor condição, porque ainda estão com o campeonato em andamento, mas isso não pode servir como desculpa para nós.
— Uma vitória pode ser crucial?
— Isso é o que nós queremos agora. Estamos focados em conquistar os três pontos.
— Qual é a sensação de jogar esta prova pelo FC Porto?
— Estou muito feliz, é uma sensação única. Estou a aproveitar e a desfrutar de estar aqui. Sei que estou a ter o privilégio que muitos não vão poder ter e por isso quero dar o meu melhor.
— Quais são os objetivos nesta prova a nível pessoal e coletivo?
— Neste momento o meu objetivo é ajudar o clube, os meus companheiros dentro de campo, isso é o mais importante. A nível de equipa vamos jogo a jogo.
— A história internacional do FC Porto traz ainda maior responsabilidade aos jogadores?
— Sabemos aquilo que o FC Porto significa a nível internacional. Já ganhou muito e estamos cientes daquilo que temos de fazer.
— Que balanço faz da primeira época no FC Porto?
— A nível pessoal, fiquei satisfeito por ter conseguido fazer tantos jogos num clube como o FC Porto. Sei que ainda tenho muito a melhorar e onde evoluir. A nível coletivo, sentimos que foi uma época aquém das expectativas, não era aquilo que nós pretendíamos e estamos a trabalhar para cada vez sermos melhores.
— Como foi para o plantel adaptar-se a dois treinadores?
— Isso faz parte do futebol. Temos de estar sempre preparados para esse tipo de situações e agora estamos focados no trabalho com o míster Anselmi.
— Sente-se confortável no papel mais ofensivo neste sistema?
— É um papel que eu tenho gostado de fazer, apareço muito em zonas de finalização e acho que me tenho saído bem.
— Sistema de 3 ou 4 defesas?
— Não tenho preferência, tenho gostado dos dois esquemas.
— Que referências tens na posição?
— Neste momento gosto muito do Nuno Mendes, acho que a nível mundial é o melhor. E sempre gostei muito do Alphonso Davies.
— Como tem corrido a adaptação de Gabri Veiga, novo reforço?
— É um jogador que tem muita qualidade, ainda vai ter sempre o tempo de adaptação. Estamos aqui para ajudá-lo e é um jogador que nos pode dar muitas mais valias.
— Sente que a Seleção A está à porta?
— Isso já é uma questão que não pode ser só para mim. Foco-me naquilo que eu consigo controlar. É sempre um objetivo e um sonho.
— Existe sobrecarga de jogos?
— Com jogos uns em cima dos outros, o rendimento nunca será o mesmo do que se tivéssemos uma semana de jogo para jogo, mas isso é o que está estipulado e não me compete a mim falar sobre isso.
— Quais os objetivos para a próxima temporada?
— Quero continuar a ajudar a equipa a atingir os objetivos. A nível coletivo, queremos o mais importante, que é sermos campeões.
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