Ainda o sol não tinha nascido, já Paris estava escaldante. Os termómetros praticamente não baixaram dos 30 graus durante a madrugada. Era o prenúncio para uma terça-feira em alerta máximo, em que mais de 1300 escolas em França fecharam. Aqui seria impossível ter aulas.

O interior dos edifícios, sem climatização, estava sufocante. Mas estudar em casa, para muitos alunos, também não foi fácil. Os apartamentos em Paris, sobretudo os do último andar dos prédios, não estão preparados para tanto calor.

Houve quem escolhesse sair de casa para se refrescar em jardins. Mas houve também quem enfrentasse o calor de frente: os turistas. Alguns, que foram até à Torre Eiffel, acabaram por desmaiar. E o monumento nem esteve a permitir subidas até ao topo, por precaução.

Um calor extremo que desencadeia tempestades repentinas e violentas. Aqui, na região da Saboia, na zona dos Alpes, uma chuva intensa fez galgar um rio. Registaram-se estragos e houve casas que ficaram completamente inundadas.

O TGV entre Paris e Milão, que passa por aqui, não vai circular nos próximos dias.

França atinge o pico de calor com temperaturas superiores a 41 graus

A temperatura mais alta registada foi de 41,5ºC (graus Celsius) em Durban-Corbières (sul), enquanto em Nimes (sul) foram 39,8ºC e em Avignon (sudeste) 38,8ºC.

Os serviços meteorológicos franceses estabeleceram uma vigilância especial em 84 departamentos do país, e 16 deles, que esta terça-feira estão em alerta vermelho, vão manter esse nível na quarta-feira, que será “ainda extremamente quente do centro ao nordeste”, com 68 departamentos em alerta laranja.

“O calor escaldante continua a estender-se do centro do país até ao nordeste, com valores entre os 36 e os 40 graus à sombra”, previu a agência estatal Météo-France, referindo que as temperaturas devem começar a baixar a oeste do país e será preciso esperar até quinta-feira para que as temperaturas voltem ao normal.Entre as zonas em alerta vermelho está Paris, onde os termómetros atingiram os 38ºC esta terça-feira.

– Com Lusa