Plantel do Benfica terá apenas 33 dias entre o último jogo de 2024/2025 e o primeiro de 2025/2026. O recorde era de 51 dias no arranque de 2020/2021

Nunca uma equipa portuguesa teve tão pouco tempo entre o último jogo oficial de uma época e o primeiro da época seguinte. O Benfica defrontou o Chelsea, nos oitavos de final do Mundial de Clubes, a 28 de junho e disputará a Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Sporting, a 31 de julho. Entre os dois jogos, apenas 33 dias de descanso/treino. O mais parecido foi, há cinco anos, quando a pandemia de Covid-19 prolongou 2019/2020 até 1 de agosto de 2020 (final da Taça de Portugal, entre Benfica e FC Porto) com a época 2020/2021 a iniciar-se a 18 de setembro de 2020: 48 dias de descanso/treino.

Há pouco mais de um ano, por exemplo, o Benfica terminara 2023/2024 a 17 de maio de 2024. Regressou aos treinos a 3 de julho, ou seja, quem não foi às Seleções Nacionais teve 47 dias de férias. Alexander Bah (Dinamarca), Trubin (Ucrânia), Kokçu e Akturkoglu (Turquia), António Silva (Portugal) tiveram menos cerca de um mês de descanso. E Otamendi, presente na Copa América-2024 (20 de junho a 14 de julho) e nos Jogos Olímpicos-2024 (24 de julho a 9 de agosto), não teve mesmo período de descanso, pois já esteve no banco no jogo frente ao Casa Pia (17 de agosto).

Defesa-central argentino prestou declarações na zona mista depois da eliminação do Benfica do Mundial de Clubes

O Benfica disputou a final da Taça de Portugal a 25 de maio. Logo a seguir, a maioria dos jogadores entrou de férias, embora 13 tenham sido convocados para as respetivas Seleções Nacionais: Pavlidis (Grécia), Schjelderup (Noruega), Kokçu e Arturkoglu (Turquia), Trubin (Ucrânia), Otamendi (Argentina), António Silva (Portugal), Bajrami (Albânia), Dahl (Suécia), Leandro Barreiro (Luxemburgo), Amdouni (Suíça), Samuel Soares (sub-21 de Portugal) e Prestianni (sub-20 da Argentina).

Carreras, Aursnes, Di María, Belotti, Bruma, Florentino Luís, Renato Sanches foram, entre os habituais utilizados por Bruno Lage, os que tiveram verdadeiras férias. Mas poucas. Nove dias, no máximo.

O regresso aos treinos deu-se a 4 de junho, no Seixal, para preparar o Mundial de Clubes. Cinco sessões de trabalho e, a 8 de junho, arranque para os Estados Unidos. Com 20 jogadores na comitiva liderada por Rui Costa: Diogo Ferreira e André Gomes (guarda-redes); Álvaro Carreras, Rui Silva, Gonçalo Oliveira, Joshua Wynder e Leandro Santos (defesas); Aursnes, Nuno Félix, Florentino, João Veloso, Rafael Luís, João Rego, Renato Sanches e Diogo Prioste (médios); Di María, Belotti, Bruma, Tiago Gouveia e Eduardo Fernandes (avançados).

Raphinha lembra que jogadores que alinham na Europa não descansaram ainda

Onze jogadores seguiram diretamente para o estágio dos Estados Unidos: Trubin, António Silva, Kokçu, Pavlidis, Akturkoglu, Leandro Barreiro, Schjelderup, Prestianni, Dahl, Otamendi e Bajrami. Alexander Bah, Manu Silva e Tomás Araújo ficaram em Portugal a tratar os problemas físicos de que padeciam.

Seguiu-se a participação no Mundial de Clubes, com jogos a 16 de junho (2-2 com Boca Juniors), 20 de junho (6-0 ao Auckland City), 24 de junho (1-0 ao Bayern) e 28 de junho (1-4 com Chelsea, após prolongamento). A seguir, novo período de férias. Até 14 de julho. Ou seja, pouco mais de duas semanas. Eventualmente, um ou outro (os mais desgastados) poderão ter mais um ou dois dias de descanso.

Extremo argentino assinou um adeus mais pessoal aos adeptos encarnados nas redes sociais

A 31 de julho, 17 dias após o regresso aos trabalhos, aparece o primeiro jogo oficial: a Supertaça Cândido de Oliveira. Pouco depois, a 5/6 e a 12 de agosto, os jogos da 3.ª pré-eliminatória da Champions, com o play-off, em caso de apuramento, a realizar-se a 19/20 e 26/27 de agosto.

Os encarnados não saem melhor ou mais completos dos EUA. Bruno Lage continua a apostar mais na estratégia do que no ‘processo’ e os encarnados continuam longe de crescer e jogar como os grandes

Não será simples o trabalho de Bruno Lage e dos seus jogadores: 33 dias de descanso/treino e… Supertaça Cândido de Oliveira frente ao Sporting.

Vídeo sugerido