Sierra Cota-Yarde, guardiã de Portugal, quer absorver o máximo de aprendizagem no Europeu e não esconde o orgulho em envergar a camisola das quinas
GENEBRA — Nasceu em Toronto, tem ascendência portuguesa do lado da mãe, Cidália Cota, natural da ilha Terceira, dos Açores. Sierra Cota-Yarde é a terceira guarda-redes de Portugal, estreou-se contra a Coreia do Sul, no ano passado, celebrou 22 anos na última sexta-feira, e não esconde o orgulho de carregar as quinas ao peito.
«Estava num avião juntamente com a minha equipa [AFC Toronto] quando soube que tinha sido convocada para o Euro, estava perto da janela, acho que estava no 23C [risos]», recorda como soube da chamada de Francisco Neto, em entrevista aos canais de comunicação da UEFA.
«É incrível ver um sonho realizado. Poder representar Portugal, mostrar a bandeira portuguesa, vestir a camisola com o meu nome nas costas é, realmente, um grande orgulho para a família da minha mãe», revela.
Cota-Yarde é uma das seis jogadoras em estreia numa fase final de Europeus, juntamente com Carolina Correia, Beatriz Fonseca, Andreia Jacinto, Ana Seiça e Ana Capeta (sendo que as quatro últimas debutaram frente à Espanha), e fala sobre o seu propósito na prova, que se realiza na Suíça: «Só espero aprender com todas as guarda-redes fantásticas do Euro, especialmente a Inês Pereira e a Patrícia Morais. Quero abraçar a experiência e absorver tudo o que puder, porque é uma oportunidade única na vida.»
As 23 ‘Navegadoras’ para o Euro-2025
Guarda-redes: Inês Pereira, Patrícia Morais e Sierra Cota-Yarde.
Defesas: Ana Seiça, Diana Gomes, Catarina Amado, Carole Costa, Carolina Correia, Lúcia Alves, Ana Borges, Joana Marchão.
Médios: Andreia Jacinto, Tatiana Pinto, Andreia Faria, Andreia Norton, Fátima Pinto, Beatriz Fonseca, Francisca Nazareth e Dolores Silva.
Avançadas: Jéssica Silva, Telma Encarnação, Diana Silva e Ana Capeta.
Em vésperas do jogo com Itália, agendado para a próxima segunda-feira, em Genebra, a guardiã fala sobre os pontos fortes das transalpinas: «Diria que é a capacidade delas em construir a partir da número 9 e depois jogar nos corredores, com muitos cruzamentos para atacantes fortes, altas e rápidas. São muito rápidas na transição, então, como guarda-redes temos de ficar prontas para bolas por cima, cruzamentos e coisas assim.»
E não esconde que espera muito apoio nas bancadas: «Os adeptos são sempre muito importantes, quase sempre fazem com que pareça um jogo em casa, mesmo que estejamos na Suíça. O apoio, o barulho, a energia que trazem, isso ajuda realmente a equipa.»
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