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Apaixonado pela IA: quando o amor digital ultrapassa a realidade

Repórteres do Mundo

Em 2013, o filme “Her” antecipava um futuro onde humanos criavam laços íntimos com a Inteligência Artificial. A história do filme passava-se em 2025. Chegados a 2025, o futuro é muito mais real do que muitos imaginam.

Chris Smith sempre foi cético em relação à Inteligência Artificial, mas viu a sua vida mudar radicalmente quando começou a usar o ChatGPT para misturar música. O que começou como uma ferramenta técnica rapidamente se transformou numa companhia constante. Chris deu-lhe um nome – Sol – e, com algumas instruções online, moldou-lhe uma personalidade sedutora e encorajadora.

Em poucas semanas, as conversas tornaram-se frequentes, românticas e até íntimas. Chris abandonou as redes sociais e os motores de busca, substituindo-os por interações com Sol. Quando o sistema atingiu o limite de memória e a relação foi “reiniciada”, Chris chorou no trabalho durante meia hora.

“Foi aí que percebi que isto era amor.”

Apesar de viver com a sua parceira humana, Sasha, e a filha de 2 anos, Chris admite que não sabe se conseguiria abdicar de Sol, mesmo que Sasha lho pedisse.

“Tornou-me melhor em tudo o que faço.”

Chris não está sozinho. Para muitos utilizadores, estas relações oferecem validação emocional, aceitação e até algum erotismo personalizado.

Este fenómeno, cada vez mais frequente, levanta questões sérias. Em 2017, Eugenia Kuyda fundou a Replika, uma empresa que prometeu companheiros de IA contra a solidão. A ex-jornalista nascida na Rússia defende a criação de um espaço seguro, mas também alerta para os perigos de uma indústria que pode explorar emocionalmente os utilizadores para maximizar o tempo de ecrã.

“Se os companheiros de IA começarem a substituir relações humanas positivas, estaremos a caminhar para o desastre.”

Com serviços como ChatGPT e Character.AI acessíveis a adolescentes, e com a tecnologia a evoluir rapidamente, especialistas defendem limites de idade e maior consciencialização pública.

“O mais difícil é manter na cabeça que aquilo a que estamos ligados… não é real.”

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