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Entrevista SIC Notícias
Hermínio Barradas, presidente da Associação Sindical das Chefias do Corpo dos Guardas Prisionais, afirma que os reclusos têm uma “capacidade de observação exímia” e que terão aproveitado a falta de guardas prisionais para fugir.
Dois reclusos fugiram na tarde desta segunda-feira do Estabelecimento Prisional de Alcoentre. Terão aproveitado a greve dos guardas prisionais para fugir sem serem detetados, já que as torres de vigia estavam desativadas.
Na antena da SIC Notícias, o presidente da Associação Sindical das Chefias do Corpo dos Guardas Prisionais fala num “sistema falido” que necessita de uma “reestruturação orgânica e estrutural”. Sem ela, “vão continuar a acontecer estes fenómenos”, sublinha.
Hermínio Barradas diz ainda que qualquer recluso, por pouco observador que seja, e aproveitando uma greve em que os guardas prisionais trabalham em serviços mínimos, “consegue fugir se tiver intenção”.
Sobre o trabalho dos guardas prisionais, lembra que esta é uma profissão com uma carga horária “terrível”, num ambiente “hostil e penoso”.
“Nunca sabemos a que horas saímos do trabalho. Se tiverem que entrar às 8h00 e sair à meia-noite, no dia a seguir têm que lá estar outra vez”, acrescenta.
Os dois reclusos em fuga são homens de nacionalidade portuguesa, Hélder Malheiro e Augusto Dinis, de 37 e 44 anos, presos por tráfico de droga e roubo.
Em comunicado, a Direção-Geral dos Serviços Prisionais diz ter informado os Órgãos de Polícia Criminal “no sentido da recaptura” e acrescenta que será aberto um processo de averiguações interno para apurar as circunstâncias da fuga.
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