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Cartas ao director | Opinião

Interesse nacional

O texto de Ricardo Pais Mamede é bem elucidativo da indigência política dos nossos governantes. Na verdade, justificar a ausência de uma estratégia para o desenvolvimento da nossa economia com “quem vai desenvolver a economia não é o Governo, mas os empresários” mostra que quem nos governa ou é ignorante ou, pior que isso, está manietado pelos interesses instalados e tem enormes preconceitos ideológicos sobre o papel do Estado/Governo.

Onde está a lógica de querer que o desenvolvimento do país decorra dos interesses da iniciativa privada (…)? É muito fácil perceber que os interesses privados poderão não ser coincidentes com os interesses do país e correm-se graves riscos de promover um “desenvolvimento” nacional completamente anárquico, em que os interesses (legítimos) dos acionistas se sobrepõem ao interesse público. (…) Será que não cabe ao Governo defender os interesses nacionais na economia? É preciso ter topete para resumir o interesse nacional ao interesse dos empresários.

Fernando Vasco Marques, Várzea de Sintra

A ausência de CR7

Sabemos que Cristiano Ronaldo cultiva a vaidade com mestria. Sabemos que a máquina publicitária que sustenta a sua figura é inultrapassável. No entanto, a não comparência na cerimónia fúnebre de Diogo Jota, seu admirador e companheiro da selecção, e de André Silva é inexplicável. Se fosse ao contrário caía o Carmo e a Trindade. A frase de efeito “quem não aparece esquece” não cai como uma luva, bem pelo contrário. Até o primeiro-ministro inglês prestou homenagem pública. Roberto Martínez veio dos EUA. A equipa do Liverpool não faltou. A ausência de CR7 vai ficar na memória dos amantes do futebol. Afirmar que apoia a educação dos filhos de Jota fica-lhe mal. A desculpa de que não queria ser o centro das atenções é a prova de um ego maior do que o mundo. Diogo Jota e André Silva, presente.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

De um utente da CP

Domingo, 6 de Julho, depois de um fim-de-semana no Douro, regressamos ao Porto, apanhando o comboio na estação de Ermida. Chegamos às 17h20 para apanhar o comboio das 17h32, horário consultado no site da CP. Às 17h23 chega um comboio para o Porto. Todos os que estão à espera entram, e nós também, ainda que eu ache estranha a chegada com avanço de horário. O comboio vai a abarrotar e, a partir da estação seguinte, Mosteirô, não há um único lugar sentado. Aos 15 minutos de viagem, o amigo que nos acompanhou à estação de Ermida telefona-me para me dizer: “Estão cheios de sorte, não vão no vosso comboio, vão no comboio anterior que estava muito atrasado. A vossa sorte é que o das 17h32 foi suprimido, por falta de pessoal disponível, e agora só haverá comboio a passar em Ermida às 19h. À estação, entretanto, chegou uma dezena de passageiros que estão estupefactos porque vinham apanhar o comboio das 17h32…” O que vale é que é domingo, penso comigo próprio, mas lembro-me que a supressão de horário, sem aviso prévio, é uma das queixas mais frequentes dos utentes da CP. Até quando?

Artur Águas, Porto

Pelo fim da transparência

Aguardo que o tribunal competente aprove a não divulgação dos clientes da empresa do primeiro-ministro. Espero fielmente pelo fim da transparência. E que se tapem as janelas, as águas dos rios, lagos e oceanos. Que só haja lentes opacas e refletoras. Que se tape já o olhar transparente das crianças, começando pelas estrangeiras. Porque incomoda. Aguardo, enfim, que a luz escureça. Porque queima.

Luis Taylor, Porto

Operação Marquês

É patético e confrangedor o espectáculo com que, nomeadamente as TV, nos bombardeiam diariamente como o caso Operação Marquês, vendo-se os repórteres bebendo avidamente os dislates do arguido José Sócrates. (…) Já foi dito e redito pelos especialistas que o arguido não pretende demonstrar a sua inocência, mas tão só protelar o andamento do processo e evitar a sentença final, esperando que o sistema venha a declarar a prescrição da totalidade dos crimes que lhe são imputados.

As TV prestariam um enorme acto de serviço público deixando o arguido a pregar no deserto como Santo António aos peixes, assim ganhando os portugueses paz nos seus ouvidos e nas suas mentes. Tal facto, como é obvio, em nada colidiria com os direitos de defesa do arguido, que em sede própria procuraria protestar a sua inocência com todas as armas que o sistema jurídico tão generosamente lhe proporciona.

Armindo Reboredo, Torres Vedras

#Cartas #director #Opinião

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