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Uma semana depois das trágicas inundações, o Presidente norte-americano deslocou-se ao centro do Texas para visitar a zona mais afetada pelo desastre, reunindo com o governador estadual, membros do seu executivo e responsáveis pelos serviços de emergência locais.

Jacquelyn Martin
O Presidente norte-americano, Donald Trump, irritou-se esta sexta-feira com um jornalista que questionou se terão sido atempados os alertas para as inundações repentinas de há uma semana no estado do Texas, onde morreram pelo menos 135 pessoas.
A reunião, aberta a transmissões televisivas, foi essencialmente uma troca de elogios entre Trump e as equipas locais, até que os jornalistas puderam colocar questões, sendo a primeira sobre o que o Presidente diria àqueles que questionam se teria sido possível salvar mais vidas se tivessem sido emitidos mais cedo os alertas para a inundação, a 04 de julho.
Mantendo a toada de elogios da sessão, Trump respondeu inicialmente dizendo que achava que “todos fizeram um trabalho incrível dadas as circunstâncias” e que admirava a reação dos serviços locais.
Mas depois criticou o repórter:
“Só uma pessoa muito má faria uma pergunta destas”, reiterou.
Na questão seguinte, do ultra-conservador Real America’s Voice, o repórter agradeceu ao Presidente e a outros responsáveis que “fizeram tudo bem”.
“Bem, este é um bom repórter. Esta é uma boa pergunta”, disse Trump.
Questões seguintes puseram em causa as críticas que alguma “imprensa de esquerda” tem feito à resposta às inundações.
Durante a sessão, Trump referiu que o número de vítimas mortais, grande parte crianças que participavam em acampamentos de férias, está agora em 135, mais 15 do que o balanço anterior.
O governador do Texas, Greg Abbott, adiantou que prosseguem as buscas por 160 pessoas, menos dez do que na véspera.
O que se passou com os alertas?
As cheias repentinas foram causadas por chuvas torrenciais na manhã de 4 de julho, que fizeram o rio Guadalupe subir oito metros em apenas 45 minutos.
As autoridades locais foram criticadas pelos residentes e especialistas por não ordenarem a evacuação das zonas próximas do rio, apesar das fortes chuvas, e pela falta de meios de comunicação com os monitores do acampamento.
Vários residentes de Kerrville disseram à EFE que receberam alertas de inundações e chuvas fortes nas primeiras horas do dia 4 de julho, sem que lhes fosse solicitado que se colocassem em local seguro.
O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) começou a emitir alertas de inundações para os condados de Bandera e Kerr, os mais afetados, a partir da 1h00 de 05 de julho.
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