Escrevi aqui, em finais de Junho, que tenho pressa. Transporto comigo um corpo a sentir a vida a fugir-lhe por entre os dedos, inexoravelmente, e uma mente, cheia de vida e de projectos, mas consciente dessa condição de finitude. É neste jornal onde, de há décadas, tenho vindo a publicar crónicas e, sobretudo, reflexões, que, no dia em que “festejo” os 94, pretendo deixar relato de um ano particularmente rico e feliz. Insisto na forma verbal “festejar”, porque é isso mesmo que sinto, no prazer de viver a vida, sem que me incomode a certeza próxima da dita finitude. Festejar porque é estar consciente do que continuo fazendo e festejar é esta possibilidade que o PÚBLICO me concede de o concretizar numa das suas páginas.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].
#Tenho #pressa #Crónica #PÚBLICO