Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar da bancada socialista, disse esta terça-feira que a ministra da Saúde “é um peso morto do Governo” e que “já não faz parte da solução”.

Em entrevista à SIC Notícias, esta noite, referiu-se ao caso da grávida que deu à luz na rua, no Carregado, como sendo “gravíssimo”, mas também lembrou a greve dos técnicos do INEM que “não foi bem programada por incompetência do Governo” e dos casos dos meios aéreos de assistência hospitalar que o Executivo “empurrou com a barriga”. 

“Para o Partido Socialista é preciso dizer com alguma clareza hoje: a senhora ministra da Saúde é um peso morto deste Governo e não faz parte da solução”, referiu. 

O socialista falou ainda no caos que se vive na urgências de obstetrícia e na falta de confiança que as grávidas têm nas soluções atuais. Prova disso, segundo apontou, foi o facto de a grávida do Carregado ter pedido antecipadamente para ser acompanhada na Maternidade Alfredo da Costa, temendo a falta de assistência, que se veio a confirmar. 

Sem nunca exigir inequivocamente a demissão da ministra da Saúde, mas sublinhando que Ana Paula Martins já não reúne as “condições mínimas” para se manter no cargo, Eurico Brilhante Dias responsabilizou ainda o primeiro-ministro, de nada fazer perante o acumular de casos na saúde.

“Quando o PS diz que a ministra é um peso morto é porque considera que a ministra não reúne condições políticas para ser eficaz na sua função ministerial. A avaliação do PS é que não contribui, nem tem condições para contribuir, para que algum problema se resolva”, continuou.

À SIC Notícias, o líder parlamentar do PS sublinhou que Ana Paula Martins “esgotou todas as oportunidades que teve” e que, apesar de reconhecer que os problemas da saúde não se resolvem com mudança de quem tutela a pasta, defendeu que a atual ministra já não tem condições políticas para os resolver.