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Cartas ao director | Opinião

Portugal, um país atrasado no combate aos fogos

Tomei conhecimento de que o nosso país é o único do Mediterrâneo sem uma frota de aviões Canadair, ou melhor, tem três mas estão inoperacionais. Que desmazelo e que irresponsabilidade… Portugal é o país com maior área ardida nos últimos 30 anos. Afirmam os especialistas em fogos que o Canadair é o melhor meio de combate a fogos florestais aéreo do mundo. Espanha tem 25 Canadairs, mas parece de que nada servem face aos fogos colossais que têm atingido o território espanhol; Croácia possui seis; Grécia, 17 ; Itália, 18; França, 12; Marrocos, seis. Os entendidos em fogos afirmam que os Canadairs têm capacidade para descarregar seis mil litros de água em menos de um minuto e que, por esse facto, seriam uma preciosa ajuda no combate aos fogos no nosso país. Foi necessário que uma grande área tivesse ardido — a ministra afirmou, anteriormente, que dispúnhamos dos meios necessários para o combate aos fogos – para que dois Canadairs marroquinos entrassem em acção no nosso país. Sempre atrasados, e por isso a justificação do provérbio “depois de casa roubada, trancas à porta”. Ou seja, depois de arder durante dias uma grande área florestal em Portugal é que vêm os meios marroquinos. Como se sabe, Marrocos não tem, nem de perto nem de longe, a densidade florestal do nosso país, mas, no entanto, tem Canadairs operacionais. Porque será ?

António Cândido Miguéis, Vila Real

O que é uma nação

Nos tempos atribulados que vivemos quanto a estrangeiros, migrações e nacionalidades, falta muita reflexão objectiva, racional e, aparentemente, aquela coisa que toda a gente proclama ter, que é o bom senso.

Migrações e evoluções sociais e culturais na sequência da chegada de gente diferente, sempre houve na história da humanidade, mas, mas… quando essas mudanças são demasiado rápidas (a velocidade é relativa, certo), os “mudados” passam a sentir que aquela “casa” já não é a sua e temos um problema “legítimo”. Pessoalmente, não tenho nenhuma questão com a tez da pele das pessoas, mas tenho sim com os códigos sociais, quando eles são radicalmente diferentes das nossas referências. Já vivi noutras paragens e não gostaria que alguns comportamentos que lá são normais passem a ser norma aqui. Passemos exemplos detalhados aqui, por falta de espaço.

A definição dos limites de uma nação é complexa. Não é apenas geográfica, embora muitas vezes as cadeias montanhosas se transformem em fronteiras naturais e uma boa parte da nossa fronteira com Espanha ser fluvial. Não é apenas pela língua, já que existem nações multilinguísticas e outras vizinhas que partilham a língua, mas que se diferenciam. Não é também religiosa, apesar de em muitos casos as nações terem sido construídas precisamente sobre a homogeneidade religiosa.

Não há uma definição simples e abrangente do que é integrar uma nação. Penso que passa muito por uma conjugação no plural de um “somos” e um “fomos”, oportunamente desvalorizando/olvidando o que nos separa/separou e recordando/promovendo o que nos pode orgulhar e unir. Por isso, para alguém poder ser português, não basta preencher um formulário, nem tão-pouco genéticas e credos deverão ser condições de exclusão. O que deve ser obrigatório, sim, são as referências culturais. É partilhar o “somos” e o “fomos”.

Carlos J.F. Sampaio, Esposende

Editorial de Helena Pereira

O editorial de Helena Pereira de 12 de Agosto, com o qual me identifico completamente, cita textualmente, a dada altura, uma declaração do secretário-geral da CAP afirmando que as empresas suportam mais de dois terços das contribuições para a Segurança Social. Sendo uma falsa ideia que tenho visto insistentemente repetida pelos representantes patronais, não resisto a lembrar o que é óbvio e que facilmente se entende: a produtividade de um trabalhador em qualquer empresa tem de ser, pelo menos, igual ao seu salário acrescido dos custos sociais. Caso contrário, é despedido.

Nestas circunstâncias, as empresas apenas se limitam a entregar à Segurança Social as contribuições que saíram da produtividade de quem empregam. Não pagam nada do seu bolso. Entendo até que, no que respeita ao regime contributivo da Segurança Social, área em que o Estado não põe um cêntimo, a gestão deveria ter a participação dos trabalhadores. Mas isto já é outro domínio de conversa.

Mário Campos, Lisboa

#Cartas #director #Opinião

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