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Primeiros Jogos Mundiais de robôs humanoides já arrancaram na China

Em Pequim, está a decorrer uma competição desportiva no mínimo invulgar. Trata-se dos primeiros Jogos Mundiais de robôs humanoides, um evento que coloca centenas de máquinas a competir em disciplinas que vão do atletismo a tarefas de serviço.

China recebe os primeiros Jogos Mundiais de robôs humanoides

Se por norma o verão é sinónimo de grandes eventos desportivos, como os Jogos Olímpicos, este ano a China propõe uma alternativa futurista. Em vez de atletas de carne e osso, os protagonistas são robôs humanoides. Um exemplo é a equipa da Lumos Robotics, que já garantiu a medalha de prata na categoria de dança de grupo.

O evento, que decorre no Oval Nacional de Patinagem de Velocidade - uma infraestrutura construída para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 -, teve início com uma cerimónia de abertura à altura das expectativas. Vários robôs humanoides subiram ao palco para interpretar ópera tradicional chinesa, entre outras demonstrações artísticas e tecnológicas.

Durante este fim de semana, o calendário da competição é intenso. Estão agendadas 487 competições, nas quais 280 equipas de 16 países diferentes, como a China, os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão, irão lutar pelo ouro.

As modalidades são variadas: abrangem desde desportos clássicos como o atletismo e as artes marciais, a desafios mais práticos e inovadores, como a classificação de produtos farmacêuticos e serviços de limpeza.

Segundo os organizadores, o objetivo principal destes jogos transcende a mera competição. O desporto serve como um campo de testes ideal para avaliar e aperfeiçoar as capacidades da robótica, nomeadamente a tomada de decisões, as competências motoras e os sistemas de controlo.

Um robô que se sagre campeão olímpico demonstra um elevado potencial de adaptação a ambientes reais, como fábricas, armazéns ou até mesmo as nossas casas.

Desempenho em campo: performances muito boas e muito más

Apesar do entusiasmo, os atletas humanos podem, para já, manter a calma. Numa das primeiras provas, um jogo de futebol de cinco contra cinco, o desempenho dos robôs foi tudo menos fluído. As máquinas, com a altura aproximada de uma criança de sete anos, moviam-se de forma desajeitada pelo campo, amontoando-se frequentemente ou caindo sem intervenção de terceiros.

Contudo, a corrida de 1500 metros contou uma história diferente. Os robôs da empresa chinesa Unitree, uma das gigantes do setor, dominaram os adversários com facilidade. O robô vencedor completou a distância em 6:29.37, um tempo ainda distante do recorde mundial humano masculino (3:26.00).

Noutra prova de atletismo, registou-se um pequeno incidente quando um robô colidiu com um operador humano e o derrubou, felizmente, sem causar ferimentos.

O calendário inclui ainda provas como os 400 metros, luta livre, manuseamento de materiais industriais, salto em altura, 100 metros barreiras e, curiosamente, uma final de serviço de receção de hotel.

A escolha da China como anfitriã deste evento pioneiro não é coincidência. O governo de Pequim tem investido fortemente para se posicionar como líder global no setor da robótica. A Federação Internacional de Robótica destacou recentemente que o país colocou os robôs humanoides "no centro da sua estratégia nacional".

 

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