A Inteligência Artificial (IA) já não é uma novidade dentro das empresas, aliás, muitas delas já usam processos com recurso a IA. Mas há custos associados e alguns são humanos sendo, por isso, necessário investir na formação dos funcionários. Manuela Vaz e Rui Teles, respectivamente presidente e responsável de IA da Accenture; Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal; Luís Menezes, CEO do grupo Ageas Portugal; Miguel Maya, CEO do BCP; e Jorge Rodrigues da Ponte, presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN) foram os convidados para debater estes temas esta manhã no hotel Palácio do Governador, em Lisboa. Estas são as principais conclusões.

A transformação e os riscos associados

• “A IA não tem apenas a ver com tecnologia”, começa por dizer Manuela Vaz. Porque tem um impacto nas organizações, obrigando a mudar modelos de negócios e a forma como se gerem as pessoas.
• Além disso obriga a fazer investimentos – tanto em tecnologia como na formação dos funcionários – o que tem impacto nas contas das empresas e se há algo que as equipas de gestão têm de garantir é que a sustentabilidade das organizações, concordam todos os oradres presentes no encontro desta manhã.
• É também preciso garantir que a IA é usada de forma correcta e adequada ao negócio de cada empresa e para isso é preciso perceber o seu potencial, as suas limitações e os seus riscos, salienta Rui Teles.
• Um dos riscos é a eliminação de postos de trabalho, porque são substituídos por processos digitais e porque têm todos os funcionários têm capacidade para aprender as novas competências necessárias para trabalhar com IA ou para desempenhar funções relacionadas com IA.
• A esse propósito, Manuela Vaz lembra que um estudo recente da Accenture revela que 44% das tarifas desaparecem com a integração de sistemas digitais que recorrem a IA. Mas ressalva que que essas funções são substituídas por outras.