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“A maioria dos psicopatas nunca cometeu um crime. Estão bem integrados na sociedade e muitos ocupam cargos de poder”

São frios, calculistas, não hesitam em passar por cima de ninguém para atingir os seus objetivos e nunca se sentem mal com isso. Têm psicopatia,o lado mais negro da chamada perturbação de personalidade antissocial que começa a manifestar-se cedo, na adolescência ou até na infância, sendo quase impossível de tratar. Mas, ao contrário do que se pensa, a esmagadora maioria não se transforma em assassinos em série.

Os especialistas em Psiquiatria Forense, Henrique Prata Ribeiro, e em Psicologia Forense, Cristina Soeiro, foram os convidados do podcast “Que Voz é Esta?” no episódio sobre psicopatia

José Fonseca Fernandes

Os psicopatas têm dificuldade em sentir empatia e não têm remorsos. Normalmente são pessoas muito sedutoras, com traços muito marcados de narcisismo, que manipulam os outros como se estivessem a mover as peças para chegar ao seu objetivo”, explica Henrique Prata Ribeiro, psiquiatra pós-graduado em Psiquiatria Forense, no mais recente episódio do podcast “Que Voz é Esta?”.

Estima-se que cerca de 25% da população prisional tenha traços psicopáticos, em maior ou menor escala, ainda que a maioria não esteja detido por homicídio. “A maior parte dos psicopatas comete crimes de ganho, como o roubo, e não tanto o homicídio. Podem matar alguém se isso estrategicamente for conveniente aos seus objetivos”, ressalva Cristina Soeiro, psicóloga forense e criminal na Polícia Judiciária e igualmente convidada do podcast. E, se isso acontecer, encaram-no com indiferença ou como um “mal necessário”.

José Fonseca Fernandes

Ainda assim, a grande maioria não chega a cometer nenhum crime. São os chamados “psicopatas bem sucedidos”, que estão perfeitamente integrados na sociedade e muitas vezes ocupam cargos de liderança, adianta. O facto de serem pessoas “ultra-orientadas para objetivos e de estarem completamente focados no poder” favorece a sua ascensão profissional, nomeadamente em setores altamente competitivos, como a área financeira, ou centrados na autoridade, como o aparelho militar.

Mas como surge a psicopatia? Como é que se identifica? E o que leva alguns destes indivíduos a cruzar a linha da violência? E quem o faz pode ser reabilitado? São estas algumas das questões abordadas no mais recente episódio do podcast do Expresso dedicado à saúde mental, que procura desmontar alguns mitos em relação a esta condição complexa.

Tiago Pereira Santos e João Carlos Santos

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