Alexandre Canela é um exemplo de superação. Em 2019, ficou nove meses num hospital a lutar contra uma doença e acabou com a perna direita amputada. Mas nunca perdeu a vontade de viver, muito graças ao desporto.

“Eu tive uma doença que é a trombose. Tive esse problema e fiquei durante nove meses no hospital, fiz várias operações para tentar salvar a minha perna, mas não deu certo. Não foi por isso que eu desisti. Tive que continuar. Fiquei pensando ‘como é que eu vou jogar, como é que eu vou jogar?'”

Alexandre é atleta profissional de altinha, uma variação do futebol que consiste em manter a bola no ar, sem utilizar as mãos. Quando saiu do hospital e tirou os pontos, lembra que foi “direto para praia jogar”.

Ele, que é um dos poucos atletas amputados a competir profissionalmente, faz parte da equipa Alta Inclusão. No final de março, ganhou uma medalha de ouro num torneio no Rio de Janeiro. O título “representa dedicação, treino, acreditar no seu sonho, acreditar em você e ser feliz”.

“O desporto salva”

A altinha é a principal atividade, mas Alexandre exercita-se em todo o lado, inclusive no próprio quarto. Acorda cedo e bem disposto porque o desporto salvou a sua vida.

“Acordo sempre com muita disposição. O desporto salva. Eu acordo, olho para bicicleta e para as paralelas e penso que tenho de fazer alguma coisa. Não posso ficar parado, não”, diz Alexandre.