Vivo Novidades

Blog Post

Vivo Novidades > Notícias gerais > Aministia Internacional acusa TikTok de não tomar medidas para proteger crianças | Redes sociais

Aministia Internacional acusa TikTok de não tomar medidas para proteger crianças | Redes sociais

A Amnistia Internacional (AI) não desiste de alertar para os perigos a que, diz, o TikTok pode expor as crianças. E volta ao tema, 18 meses depois de ter divulgado um relatório no qual afirma que apenas 20 minutos depois de um jovem criar uma conta, e sinalizar “interesse em saúde mental”, mais de metade dos vídeos que apareciam no feed “Para ti” desta rede social estavam relacionados, precisamente, com problemas de saúde mental e vários “romantizavam, normalizavam ou encorajavam o suicídio”.

A investigação da AI, de Novembro de 2023, utilizou contas para simular adolescentes de 13 anos online. Concluiu que os jovens “corriam o risco de ser atraídos para um ‘buraco negro’ tóxico de conteúdos, relacionados com a depressão e o suicídio”.

Recorrendo à “hiperpersonalização”, os vídeos do TikTok que aparecem aos utilizadores podem “agravar as dificuldades de crianças e jovens com depressão e ansiedade e que se autolesionam”, denuncia de novo, esta segunda-feira, a organização de defesa dos direitos humanos numa tomada de posição que inclui a divulgação das respostas recebidas da empresa depois da investigação de 2023, a última das quais é uma carta com a data deste mês, 2 de Maio.

Em comunicado, a AI conclui que até agora “a empresa não reconheceu o problema do ‘buraco negro’ da aplicação.” “A Amnistia Internacional perguntou ao TikTok quais as mudanças que tinha implementado. A resposta enumerou medidas de ‘bem-estar’ já conhecidas, a maioria das quais já estavam em vigor quando a investigação foi realizada”, afirma. “O TikTok não apresentou provas de quaisquer novas medidas específicas” para resolver o problema.

A Amnistia acusa ainda a rede social de ter um “design viciante” e de, apesar de existirem instrumentos para definição de limites de tempo de utilização, “estes serem facilmente ignoráveis e dependerem da acção do utilizador”.

Já o TikTok garante que está atento e a tomar medidas para que os utilizadores da plataforma se sintam “mais seguros”.

As respostas da empresa

Nas respostas enviadas à AI, o TikTok diz que “se o limite de 60 minutos [de visualização de vídeos] for atingido, é pedido aos adolescentes que introduzam um código de acesso para continuarem a ver, o que os obriga a tomar uma decisão activa para prolongar esse tempo”.

“Também decidimos pedir aos adolescentes que definissem um limite de tempo diário de ecrã se optassem por sair da predefinição de 60 minutos e passassem mais de 100 minutos no TikTok por dia. Isto foi feito com base num aviso que lançámos no ano anterior para encorajar os adolescentes a activar o ecrã gestão do tempo”, explica a empresa.

Sobre a acusação de que o feed “Para ti” funciona como um buraco que pode sugar as crianças para uma espiral de conteúdos perigosos, o TikTok argumenta que este feed se baseia num sistema de recomendação único, que tem em conta os interesses do utilizador e a popularidade dos conteúdos. Mas que “para mitigar” os riscos, a plataforma usa “técnicas de dispersão”. Ou seja, há conteúdos que”não violam as orientações da comunidade TikTok mas podem ser problemáticos se visualizados repetidamente”, admite a plataforma, contudo, através de “modelos de machine learning” está a ser evitada a recomendação excessiva de séries de vídeos similares sobre esses temas.

O TikTok recusa, de resto, a acusação da AI de que “o estado emocional” dos seus utilizadores é usado para lhes fazer recomendações​. Diz que afirmar tal coisa é não descrever correctamente como funciona a plataforma. Sustenta, de resto, que tem feito actualizações às suas directrizes, incluindo no último ano.

A AI insiste: as medidas que são apresentadas pela empresa “já estavam em vigor em 2023, quando a Amnistia Internacional conduziu a sua investigação e demonstrou que os jovens utilizadores estavam expostos a riscos sistémicos na plataforma”.

E acrescenta: “Sete anos depois de estar disponível internacionalmente, a empresa ainda está à espera que um fornecedor externo conclua uma avaliação do impacto dos direitos da criança na plataforma, uma responsabilidade fundamental ao abrigo das normas internacionais.”

No comunicado enviado às redacções, a AI partilha, por fim, a petição que tem online, para recolha de assinaturas, onde se pede uma plataforma mais segura para as crianças.

O TikTok surgiu em 2017 (apesar de só ter ficado disponível fora da China em 2018) e é uma das plataformas de redes sociais mais populares da nossa época. Na Europa tem 175 milhões de utilizadores. Em Portugal contava no ano passado com mais de 3,6 milhões de utilizadores activos.

#Aministia #Internacional #acusa #TikTok #não #tomar #medidas #para #proteger #crianças #Redes #sociais

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *