Os novos créditos ao consumo recuaram em número e em montante no arranque do ano, tanto em termos homólogos como em cadeia. Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal mostram que foram concedidos cerca de 654,7 milhões de euros em janeiro, uma quebra de 7% face ao mesmo mês de 2024 e de 1% em comparação com dezembro do ano passado.

Já o número de contratos recuou 1,6% em termos homólogos para 137,4 mil – uma descida que se torna ligeiramente mais expressiva quando comparados os dados em cadeia (1,9%).

A queda no montante de crédito automóvel foi a principal responsável por esta trajetória descendente. Neste segmento, que normalmente até concentra o maior montante, foram concedidos 270 milhões de euros – um valor que fica 10,2% atrás do registado em dezembro nos 300 milhões de euros.

Também os cartões e descoberto registaram uma quebra, embora menos acentuada. Neste segmento, foram concedidos 114 milhões de euros, menos 4,5% do que no mês anterior. Apesar do menor montante, os cartões e descoberto têm o maior número de contratos celebrados.

Já o crédito pessoal foi o único a registar subidas em janeiro. O valor chegou aos 317 milhões de euros e ultrapassou mesmo o montante de novos créditos aos consumidores atribuídos no segmento automóvel. Este valor representa uma subida de 10% face a dezembro e um crescimento de 5% em termos homólogos.