“Se me pergunta se as coisas podiam ter funcionado melhor? Nós estamos sempre a tempo de melhorar procedimentos, mas eu quero assinalar: Portugal teve uma reação muito positiva a uma situação que era muito grave, inédita e inesperada,”, afirmou.
Luís Montenegro falava a meio da segunda reunião extraordinária do Conselho de Ministros em dois dias, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa, após o corte generalizado no abastecimento elétrico que afetou na segunda-feira Portugal e Espanha.
Questionado sobre as críticas à atuação da Proteção Civil, o primeiro-ministro fez questão de responder que este organismo “funcionou e funcionou muito bem”.
Quando questionado acerca dos atrasos na recepção das mensagens da Proteção Civil, Luís Montenegro afirmou que a questão dos SMS tinha a “ver com duas circustâncias”. Primeiro, com a opção de “priviligiar o contacto [com a população] através da rádio” e, segundo, porque, durante as primeiras horas do apagão, a Proteção Civil esteve concentrada nas áreas mais críticas, sendo necessário garantir que os hospitais continuavam a funcionar e que as infraestruturas crítivas estavam protegidas.
Após o apagão que deixou Portugal sem eletricidade ao longo de várias horas na segunda-feira, o país começou a recuperar ainda na noite de ontem. Esta manhã, António Leitão Amaro, ministro da Presidência, avançou que a situação do país estava normalizada.
Em declarações à Antena 1, o ministro da Presidência rejeitou a ideia de que o Governo tivesse falhado na comunicação com os portugueses durante o apagão. No entanto, António Leitão Amaro realçou que o Governo vai analisar o cenário do incidente para aprender como pode melhorar os sistemas nacionais.
Já em entrevista à Newsportu Portugal, o ministro da Presidência esclareceu que, em Portugal, o Governo não tinha “informação de nada que tenha a ver com um ciberataque ou uma agressão hostil até ao momento”. “Essa é a informação preliminar que temos dos vários serviços”, realçou.
Em relação aos atrasos que muitos verificaram na recepção das mensagens enviadas pela Proteção Civil, António Leitão Amaro afirmou que o Governo tinha consciência de que poderiam existir constrangimentos, “porque as redes de comunicação estavam em baixo”.
“Por isso, nós tínhamos uma sequência de mensagens escritas que poderiam ser enviadas”, explicou. “Testámos a primeira para ver como é que o sistema estava e o que aconteceu? Percebemos imediatamente, como nos tinha sido alertado, que provavelmente não iam chegar todas”.
“Essa prática não continuou a ser utilizada para não congestionarmos mais o sistema”, afirmou o ministro da Presidência. “Foi tentada, houve pessoas que receberam a mensagem a meio da tarde. Houve outras pessoas que só receberam à noite”.
Embora tenha realçado que “todos os meios foram utilizados”, admitiu que o SIRESP foi um dos problemas registados. “O SIRESP é um deles. O SIRESP já precisava de uma análise e precisa de uma avaliação, porque foi um dos sistemas que não funcionou como devia”, afirmou.
Ainda hoje de manha, a rede SIRESP continuava a funcionar com dificuldades nos comandos da PSP de Bragança, Braga, Porto, Portalegre e Coimbra, no INEM e em algumas corporações de bombeiros da região Norte, avançou a agência Lusa.
(*Com Lusa – Em atualização)
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