Esta terça-feira, 29 de Julho, foi o dia do ano com mais ocorrências de incêndio florestal registadas pela Proteção Civil. As condições meteorológicas extremas, com calor intenso e vento forte, têm dificultado seriamente o trabalhos dos operacionais.

Em declarações à SIC Notícias, no Jornal da Meia-Noite, o meteorologista Pedro Sousa, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), confirmou que as condições meteorológicas se vão manter desfavoráveis no combate às chamas.

“Esta noite, infelizmente, ainda vai ter condições bastante complicadas”, afirmou.

Segundo o especialista, o período noturno tem sido particularmente difícil devido à intensificação do vento e assim se vai manter.

“Durante o período noturno existe uma intensificação do vento do quadrante leste, em especial nas zonas do interior Norte e Centro, onde estão ativos alguns dos incêndios mais preocupantes”, disse.

“Tem sido assim nas últimas noites e será também nesta”, acrescentou.

Apesar de se prever uma ligeira redução da intensidade das rajadas nas próximas noites, Pedro Sousa garante que os ventos vão continuar a ser fortes.

“A previsão é que nas próximas noites tenda a haver uma ligeira diminuição na intensidade dessas rajadas, mas vão continuar a ser fortes”, garantiu.

A temperatura elevada também não tem ajudado no combate aos incêndios e, de acordo com o meteorologista, apesar de estar prevista uma descida das temperaturas no litoral, no interior os valores deverão manter-se elevados.

“Nos próximos dias tenderá a haver uma ligeira melhoria na parte mais litoral, com uma pequena descida das temperaturas e algum vento marítimo durante o dia, mas esse alívio não chegará muito ao interior”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de chuva, o meteorologista garantiu que a“probabilidade de ocorrer precipitação é bastante baixa nos próximos tempos”.

“Até meio ou final da próxima semana, as condições vão continuar muito adversas em termos meteorológicos”, reforçou.