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Atletas pedem ao Comité Olímpico que o clima seja uma prioridade | Crise climática

Mais de 400 de atletas olímpicos de 89 países, entre eles 65 campeões e as surfistas portuguesas Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins, pediram numa carta aberta que o clima seja prioridade nas eleições do Comité Olímpico Internacional (COI), que se realizam neste mês de Março.

Entre os atletas que subscreveram a missiva estão mais de 125 porta-estandartes em cerimónias de Jogos Olímpicos. As duas portuguesas que constam da lista, Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins (também conhecida como Yolanda Sequeira), são surfistas que representaram Portugal em Tóquio (2020) e Paris (2024).

Tendo as eleições do COI na mira, em que sete candidatos disputam a sucessão de Thomas Bach, que será decidida numa sessão de 18 a 21 de Março na Grécia, a carta nota que as alterações climáticas “não são uma ameaça distante, mas um mal actual e crescente para o desporto”.

Prioridade: cuidar do planeta

“Ao novo presidente, pedimos que nos próximos anos, e durante a sua presidência, tenha um assunto acima de todos os outros: cuidar do nosso planeta. As temperaturas sobem e fenómenos climáticos extremos já estão a criar disrupção nos calendários, colocam recintos desportivos icónicos em risco e afectam a saúde de atletas e adeptos”, pode ler-se na missiva.

Segundo o documento, “o calor extremo” já começa a “levantar preocupações séries quanto à exequibilidade de Jogos Olímpicos de Verão, em segurança, nos anos vindouros”, além das dificuldades crescentes para o evento de Inverno, “com condições de neve e gelo a diminuírem anualmente”.

Entre as medidas pedidas estão o reforço do compromisso com cortes nas emissões de CO2, criação de padrões quanto a patrocinadores fortemente poluentes, a definição de práticas sustentáveis para cidades anfitriãs e o uso da plataforma para “advogar mais acção em prol do clima”, na sociedade em geral.

A lista é encabeçada por Hannah Mills, bicampeã olímpica na vela e actualmente embaixadora para a sustentabilidade no COI, que em Paris (2024) conseguiu diminuir para metade a pegada de carbono em relação a jogos anteriores. Neste momento, há incertezas sobre os próximos jogos olímpicos, agendados para Los Angeles em 2028.

“Não me recordo de ver tantos atletas de todo o mundo falar a uma só voz. Os incêndios terríveis em Los Angeles não podiam ter sido mais claros: o tempo é agora para criar caminho para um futuro seguro e brilhante”, lembra a velejadora.

Ao todo, a lista inclui 90 medalhas de ouro e 245 pódios em Jogos Olímpicos, de Verão e de Inverno, com nomes que incluem o tetracampeão olímpico do bobsleigh Thorsten Margis, a australiana Emma McKeon, com 14 medalhas olímpicas conquistadas, a surfista norte-americana Carissa Moore ou Cindi Ngamba, primeira a conquistar uma medalha para a equipa de refugiados, no boxe em Paris no ano passado.

As eleições para a liderança do Comité Olímpico Internacional serão disputadas por sete candidatos, o francês David Lappartient, o britânico Sebastian Coe, o espanhol Juan Antonio Samaranch Junior, o jordano Faisal bin Hussein, Kirsty Coventry, do Zimbabwe, Johan Eliasch, da Suécia, e Morinari Watanabe​.

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