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Azul | PÚBLICO

Hoje a newsletter do Azul chega-lhe mais tarde e também será diferente − mais simples e mais curta.

Com o aproximar do terceiro aniversário do Azul − que se completa a 22 de Abril, no Dia da Terra −​, a equipa passou o dia reunida a reflectir sobre o trabalho que tem feito. O que correu bem no último ano? A que temas queremos dar mais atenção? Que sinais nos têm enviado os leitores sobre o jornalismo de ambiente e clima que querem acompanhar?

Entretanto, a actualidade juntou novas preocupações à nossa lista: como integrar a “lente Azul” na cobertura das eleições que se avizinham? As autárquicas já estavam há muito na agenda, mas somos agora abalroados por uma crise política e eleições legislativas no horizonte numa altura em que, em vários países, as propostas populistas de abrandamento da acção climática têm ganhado terreno. O que fazer caso a inacção ou mesmo o negacionismo passem a ser propostas assumidas no debate político? Em Portugal, as políticas climáticas não têm sido assunto determinante nos debates entre partidos​, talvez pela sua falta de garra, talvez por nem sempre a “agenda verde” ser defendida de forma prioritária além do ministério que a tutela. E se a maré mudar?

Como sempre, contamos com quem nos acompanha para explorar caminhos. Numa resposta que recebi à newsletter anterior, que muito me aqueceu o coração, encontrei algumas pistas: “Precisamos menos de instâncias e acordos globais e mais de pequenas acções pelo ‘mundo real’ a colaborar para a resolução e/ou melhoria dos problemas e desafios concretos.” Outra inspiração foi o texto da nossa Andréia Azevedo Soares sobre o “vocabulário do clima”, escrito no âmbito dos trabalhos do 35.º aniversário do PÚBLICO (dedicado à língua portuguesa), em que se concluía que “há um fosso entre a linguagem da ciência climática e a ‘vida concreta’.”

Foi, por isso, um dos temas que debatemos em equipa: como tornar mais visíveis as implicações no “mundo real” de temas que, de tão complexos, se tornam quase abstractos? Como “simplificar sem condescendência”, como sugere a poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares?

Já se tornou um hábito terminar estes textos com questões, e continuarei a insistir: o que gostava que estivesse na agenda do Azul nestes tempos de turbulência? Que temas o Azul poderia colocar na agenda para contribuir para um debate político mais sensível aos “desafios concretos” e aos compromissos que o país − e o planeta − não podem abandonar?

#Azul #PÚBLICO

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